CHEGA quer “devolver” governo “transparente e honesto” à Madeira

O cabeça de lista do CHEGA às eleições da Madeira, Miguel Castro, disse hoje que o partido quer acabar com a hegemonia do PSD e devolver à região autónoma um governo e um sistema político "transparente e honesto".

© Folha Nacional

“Já deu para ver que as pessoas acabam por não confiar na política e nós temos muito interesse em que os cidadãos, através do método participativo, através do voto, ou mesmo através da participação ativa na política, olhem para os políticos como pessoas sérias”, afirmou.

Miguel Castro falava no decurso de uma arruada da candidatura do CHEGA às eleições de domingo, no centro da cidade de Câmara de Lobos, na zona oeste da Madeira, que contou com a presença do líder nacional, André Ventura.

“Isto agora é acelerar até ao fim, não tirar o pé do acelerador, vamos sempre em frente”, disse o cabeça de lista, vincando que “as arruadas são importantes, porque nós passamos na rua e as pessoas vão-nos vendo, fica a imagem, fica a mensagem”.

Miguel Castro explicou, depois, que a mensagem do CHEGA aponta no sentido de acabar com a hegemonia política do PSD, que governa o arquipélago desde 1976, mas em coligação com o CDS-PP desde 2019.

“Se realmente os madeirenses e porto-santenses nos derem essa confiança no domingo, nós também vamos ter de ser coerentes com a mensagem e iremos trabalhar para isso”, disse, reiterando que a sua candidatura pretende “devolver à Madeira um governo, um sistema político transparente, honesto, em que as pessoas confiem”.

“Ter um grupo parlamentar obviamente que é muito bom, quanto maior for o grupo, mais capacidade teremos de trabalhar em prol dos madeirenses e dos porto-santenses”, reforçou.

As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, CHEGA, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

O CHEGA foi alvo de dois recursos que pretendiam inviabilizar a sua candidatura, mas o Tribunal Constitucional indeferiu ambos.

Os dois queixosos (o partido ADN e um militante do CHEGA) reclamavam que a candidatura não fosse admitida, considerando o acórdão do Tribunal Constitucional n.º 520/2023, que declarou inválida a V Convenção Nacional do CHEGA.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

Nesse ato eleitoral, o CHEGA reuniu apenas 762 votos, mas agora o cabeça de lista, Miguel Castro, salienta que objetivo é “só parar na assembleia”.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA garantiu hoje que tudo fará para evitar uma crise política, mas escusou-se a clarificar a posição do partido sobre o Orçamento do Estado.
O CHEGA quer ouvir a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na Assembleia da República, com caráter de urgência, sobre o "turismo de saúde" e o impacto que poderá ter no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O processo orçamental entra na semana decisiva, com a entrega na quinta-feira do Orçamento do Estado de 2025 (OE2025), no parlamento, após meses de discussão entre Governo e a oposição sobre quem viabiliza as contas do país.
Pelo segundo ano consecutivo as cerimónias da Implantação da República, que se realizam hoje na Praça do Município, em Lisboa, foram vedadas ao público, tendo acesso apenas pessoas autorizadas.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse esta sexta-feira que o turismo de saúde é uma “matéria sensível” com alguns contornos que têm de ser investigados, mas reforçou que o Serviço Nacional de Saúde “não deixa ninguém à porta”.
A ministra da Saúde negou hoje qualquer pressão sobre as Unidades de Saúde Familiar, revelando que a declaração prévia em que as equipas se comprometem a aceitar os médicos de família que para ali concorrem já existia.
O líder do CHEGA, André Ventura, acusou o atual líder do executivo, Luís Montenegro, de ter mentido quando assegurou não ter qualquer acordo orçamental com o PS e acusou o Presidente da República de perturbar o funcionamento das instituições e ser fonte de intriga.
A Avenida Almirante Reis, em Lisboa, foi o palco de uma manifestação massiva organizada pelo partido CHEGA, onde milhares de apoiantes acompanharam o líder do partido, André Ventura, num protesto contra a “imigração descontrolada” e a “insegurança”.
O primeiro-ministro apresentou a Pedro Nuno Santos uma contraproposta sobre a redução do IRC, que em vez de cair para 17% no final da legislatura decresce para 15%, sendo que em 2025 o corte é de um ponto percentual.
O partido CHEGA apresentou, na quarta-feira, dia 25 de setembro, um Projeto de Resolução que recomendava ao Governo a alteração das regras de inscrição nas creches aderentes ao programa “Creche Feliz”, de forma a dar prioridade às crianças cujos pais sejam trabalhadores.