“Infelizmente, não foi possível salvar a vida de sete pacientes, que morreram no hospital. Dezenas de pacientes estão ainda em estado crítico. Treze corpos não identificados foram transferidos para a perícia médica”, indicaram as autoridades num comunicado de imprensa.
O Ministério da Saúde de Nagorno-Karabakh disse ainda que “muitas pessoas estão dadas como desaparecidas”, pelo que se teme que o número de mortos possa aumentar nas próximas horas.
Quando se deu a explosão, encontrava-se nas imediações do depósito de combustível um grande número de viaturas com habitantes de Nagorno-Karabakh que pretendiam abandonar o enclave, após a derrota militar da semana passada contra o exército do Azerbaijião.
O depósito situa-se próximo da estrada que liga a capital regional, Stepanakert (Jankendi, para os azerbaijaneses) à cidade de Askeran.
O ministério indicou que enviou um helicóptero com uma equipa médica, medicamentos e material médico para a capital de Nagorno-Karabakh, Artsakh, para ajudar no tratamento dos feridos.
A Presidência do Azerbaijão disse que enviou uma ambulância com material médico para tratar queimaduras, de acordo com a agência de notícias estatal azerbaijanesa, Azertag.
Poucas horas antes, uma delegação oficial do Azerbaijão tinha acordado com representantes arménios de Nagorno-Karabakh a entrega de ajuda humanitária, a implantação de serviços de saúde e uma comissão de trabalho conjunta para restaurar os serviços básicos e reabilitar as infraestruturas da região.
Em 19 de setembro, o Azerbaijão anunciou o lançamento de “operações antiterroristas” no Nagorno-Karabakh, depois da morte de quatro polícias do Azerbaijão e de dois civis, na sequência da explosão de minas colocadas por “sabotadores arménios”, de acordo com Baku.
No dia seguinte, as autoridades do território secessionista, abandonado por Erevan, capitularam e foi acordado um cessar-fogo.
Pelo menos 200 pessoas morreram e 400 ficaram feridas, indicaram os separatistas arménios, e Nagorno-Karabakh viu-se confrontado com uma emergência humanitária, com relatos de escassez de eletricidade, gás, combustível e alimentos.
O Governo da Arménia anunciou hoje que chegaram ao país mais de 13 mil pessoas deslocadas pela intervenção militar do Azerbaijão em Nagorno-Karabakh.