PM italiana defende ‘plano Mattei’ para combater explosão de migrantes

A primeira-ministra italiana disse hoje que a chegada de um grande número de migrantes do norte de África é uma "situação explosiva" e difícil de resolver, defendendo a importância de impulsionar o programa de investimentos conhecido como 'plano Mattei'.

©facebook.com/giorgiameloni

 

É preciso “impulsionar as parcerias energéticas com os países africanos e a cooperação para travar os fluxos migratórios”, afirmou Giorgia Meloni.

O ‘plano Mattei’, cuja verdadeira dimensão deverá ser revelada este mês, visa aumentar a cooperação com África, centrando-se na área da energia como forma de reduzir os fluxos migratórios.

“Significa devolver à Itália o papel que tem no Mediterrâneo”, disse Meloni.

O ‘plano Mattei’ está associado ao nome de Enrico Mattei, político democrata-cristão e resistente antifascismo que foi o fundador da petrolífera Eni.

O Ministério do Interior de Itália avançou hoje que 134.578 migrantes chegaram às costas italianas este ano, quase o dobro dos 72.252 que entraram no país no mesmo período de 2022.

Já há duas semanas, o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros italiano tinha usado a expressão “explosiva” para descrever a crise migratória, afirmando que a situação relativa à chegada de migrantes procedentes do continente africano “não é explosiva, já explodiu”.

“Não há muros que consigam conter o movimento de milhões e milhões de pessoas. Veja-se a história das invasões bárbaras. O exército de Roma, o mais poderoso da história militar, não conseguiu travá-las”, disse na altura Antonio Tajani.

Itália é abrangida pela chamada rota do Mediterrâneo Central, uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção à Europa, nomeadamente aos territórios italiano e maltês.

 

Últimas de Política Internacional

O serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, anunciou hoje que desmantelou uma rede do grupo islamita palestiniano Hamas em Hebron, na Cisjordânia ocupada, numa operação conjunta com o Exército e a polícia.
O Governo norte-americano anunciou hoje que vai cortar o financiamento federal para Organizações Não Governamentais (ONG) envolvidas em distúrbios, independentemente do resultado de uma resolução a aprovar no Congresso sobre este assunto.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, previu hoje "decisões históricas e transformadoras" na cimeira de Haia para alocar 5% do PIB à defesa, visando compensar o "esforço desproporcional" dos Estados Unidos.
O presidente ucraniano deverá pedir mais sanções de Washington contra Moscovo e a aquisição de armamento dos EUA. A reunião deverá começar pelas 13h00 locais (12h00 em Lisboa).
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, pediu hoje aos aliados europeus que "não se preocupem tanto" com os Estados Unidos da América e se foquem em aumentar o seu investimento em Defesa.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da União Europeia (UE) discutem hoje os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e a escalada do conflito entre Israel e o Irão, após os bombardeamentos norte-americanos contra várias instalações nucleares iranianas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.
O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.
Teerão iniciou, durante a noite de segunda-feira, uma nova vaga de ataques com mísseis contra Israel, tendo sido ativado o alerta de mísseis e aconselhados os moradores de Telavive a procurar abrigo.