“Partilhamos profundas preocupações sobre a crescente e perigosa cooperação militar da Coreia do Norte com a Rússia”, disse Blinken, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo sul-coreano, em Seul.
Blinken pediu igualmente à China que evite que a Coreia do Norte recorra a quaisquer ações “desestabilizadoras”, como o lançamento de mísseis.
“A China tem uma relação única com a Coreia do Norte. Através desta relação, tem influência real e contamos com a China para usar essa influência para desempenhar um papel construtivo na prevenção do comportamento irresponsável e perigoso da Coreia do Norte”, disse o secretário de Estado norte-americano.
Na conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Park Jin, o governante norte-americano disse que ambos discutiram outras ações não especificadas que os seus países podem tomar para intensificar a pressão sobre Moscovo para não transferir tecnologia militar para a Coreia do Norte, em violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
As autoridades norte-americanas e norte-coreanas dizem que a Coreia do Norte tem fornecido projéteis de artilharia e outras munições à Rússia nos últimos meses para alimentar os seus esforços de guerra na Ucrânia e suspeitam que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, possa estar à procura de tecnologias russas para atualizar as suas forças armadas.
“É uma via de dois sentidos: a República Popular Democrática da Coreia a fornecer equipamento militar à Rússia para a sua agressão brutal contra a Ucrânia, mas também (…) a Rússia a fornecer apoio tecnológico à Coreia do Norte para os seus próprios programas militares e isso é uma preocupação real para a segurança da Coreia”, disse Blinken.
Tanto Pyongyang como Moscovo negaram as acusações de fornecimento de munições à Rússia por parte da Coreia do Norte.
Além de cerrarem fileiras em torno de posições comuns relativamente à Coreia do Norte, à Rússia e à China, os Estados Unidos e a Coreia do Sul prometeram ainda continuar a apoiar a Ucrânia contra a invasão russa e aumentar a ajuda humanitária aos civis palestinianos em Gaza, apanhados na guerra de Israel contra o Hamas.