“Nós, europeus, que temos os meios necessários para o fazer, temos de estar dispostos política e materialmente para ajudar a Ucrânia e até assumir o controlo dos Estados Unidos, se, como talvez seja provável, o seu apoio diminuir”, disse Josep Borrell num vídeo transmitido antes do congresso do Partido Socialista Europeu em Málaga, em Espanha.
O diplomata garantiu que a Europa já “cumpriu com as suas responsabilidades”, tanto com o seu apoio até ao momento como com a recomendação do início das negociações de adesão da Ucrânia à UE cerca de um ano e meio depois do pedido de Kiev.
“Devemos permanecer unidos e preparar-nos para um conflito mais longo do que a Rússia pensava, que a Rússia nunca vai conseguir vencer, mas cujo fim poderá ser adiado”, afirmou o chefe da diplomacia da UE, que qualificou o regime de Vladimir Putin de “viciado em guerra”.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.