Europa tem de estar preparada para aliviar apoio dos EUA à Ucrânia

O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança considerou hoje que Bruxelas tem de estar preparada para substituir Washington no apoio político e material à Ucrânia.

© Facebook Josep Borrell

“Nós, europeus, que temos os meios necessários para o fazer, temos de estar dispostos política e materialmente para ajudar a Ucrânia e até assumir o controlo dos Estados Unidos, se, como talvez seja provável, o seu apoio diminuir”, disse Josep Borrell num vídeo transmitido antes do congresso do Partido Socialista Europeu em Málaga, em Espanha.

O diplomata garantiu que a Europa já “cumpriu com as suas responsabilidades”, tanto com o seu apoio até ao momento como com a recomendação do início das negociações de adesão da Ucrânia à UE cerca de um ano e meio depois do pedido de Kiev.

“Devemos permanecer unidos e preparar-nos para um conflito mais longo do que a Rússia pensava, que a Rússia nunca vai conseguir vencer, mas cujo fim poderá ser adiado”, afirmou o chefe da diplomacia da UE, que qualificou o regime de Vladimir Putin de “viciado em guerra”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje “medidas enérgicas” contra os colonos radicais e seus atos de violência dirigidos à população palestiniana e também às tropas de Israel na Cisjordânia.
A direita radical francesa quer que o Governo suspenda a sua contribuição para o orçamento da União Europeia, de modo a impedir a entrada em vigor do acordo com o Mercosul.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou hoje que Teerão não está a enriquecer urânio em nenhum local do país, após o ataque de Israel a instalações iranianas, em junho.
O Governo britânico vai reduzir a proteção concedida aos refugiados, que serão “obrigados a regressar ao seu país de origem logo que seja considerado seguro”, anunciou hoje o Ministério do Interior num comunicado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje uma reformulação das empresas estatais de energia, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um escândalo de corrupção há vários dias.
A China vai proibir, temporariamente, a navegação em parte do Mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para realizar exercícios militares, anunciou a Administração de Segurança Marítima (MSA).
A Venezuela tem 882 pessoas detidas por motivos políticos, incluindo cinco portugueses que têm também nacionalidade venezuelana, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Fórum Penal (FP).
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).