Ventura critica “desfile sofrível de personalidades” no congresso do PSD

O Líder do CHEGA, André Ventura, acusou hoje o PSD de não querer ganhar e estar apenas a fazer contas para não perder, referindo-se ao congresso dos social-democratas como um "desfile sofrível de personalidades que já deviam estar em casa".

© Folha Nacional

“O PSD acha mais importante conter os votos do CHEGA do que propriamente ganhar o país”, afirmou André Ventura, reagindo aos discursos efetuados no 41.º Congresso dos social-democratas, que decorreu hoje em Almada (distrito de Setúbal), dos quais salientou como “evidente a falta de energia, de motivação e de espírito de transformação do partido”.

Criticando a postura do presidente do maior partido da oposição, Luís Montenegro, “que quer ser um moderado”, o líder do CHEGA afirmou ter visto no Congresso um “desfile sofrível de personalidades, alguns deles que, sinceramente, já deviam estar em casa”, em vez de estarem “a desfilar em congressos, a dizer que era importante fazer aqui umas contas sobre se não pode haver uma coligação pré-eleitoral para isolar o CHEGA”.

André Ventura considerou mesmo o PSD “um partido a apagar-se progressivamente” que escolhe “apresentar-se aos eleitores como parecido com o PS, achando que isso lhe vai permitir conquistar votos ao centro”.

“A política portuguesa já nos ensinou que, quando há uma cópia e o original, as pessoas escolhem original”, acrescentou, defendendo que “o país neste momento precisa de alguma forma de algum radicalismo, precisa de algum radicalismo contra a corrupção, precisa de algum radicalismo contra o excesso de impostos, precisa de algum radicalismo contra a pobreza”.

Lembrando que “a Europa está a mudar” e que “as pessoas querem soluções”, André Ventura sublinhou que, “com o PSD neste marasmo verdadeiro em que anda, os eleitores à direita só tem uma opção: é votar no CHEGA”.

À margem de um jantar com militantes, em Rio Maior (distrito de Santarém), o líder do CHEGA afirmou que esperava que o Congresso do PSD tivesse sido o “pontapé para a frente, a dizer o que é que se quer para o país, a grande reforma da justiça que o país precisa, a ética, a transparência”, algo que disse não ter visto.

Já no caso do CHEGA, assegurou, o Congresso “vai ser completamente diferente, vai ser virado para o país, vai ser virado para ganhar e, sim, com esse radicalismo contra a corrupção, com esse radicalismo contra o excesso de impostos, com esse radicalismo contra o clientelismo, porque os tempos exigem esse bom radicalismo”, concluiu.

O “pontapé de saída” para a pré-campanha e a campanha eleitoral “que vai ser longa e difícil” foi hoje dado em Rio Maior, num jantar com cerca de 420 militantes e simpatizantes do CHEGA, assinalando o 25 de Novembro de 1975.

“O nosso adversário é o PS”, disse Ventura, afirmando que, a par com as questões europeias, o partido irá focar-se nos assunto mais importante para Portugal, “apresentar ideias concretas, objetivos ambiciosos, para combater a corrupção”, bem como propostas para a reforma da justiça.

Últimas de Política Nacional

A conferência de líderes marcou hoje para 19 de dezembro as eleições dos cinco membros do Conselho de Estado, três juízes do Tribunal Constitucional e do Provedor de Justiça, sendo as candidaturas apresentadas até 12 de dezembro.
O grupo parlamentar do CHEGA/Açores enviou hoje um requerimento à Assembleia Legislativa Regional a pedir esclarecimentos ao Governo dos Açores na sequência da anunciada saída da Ryanair da região.
A Comissão de Assuntos Constitucionais chumbou a iniciativa do CHEGA para impedir financiamento público a mesquitas, classificando-a de inconstitucional. Ventura reagiu e avisa que Portugal “está a fechar os olhos ao radicalismo islâmico até ser tarde demais”.
O ex-presidente da Câmara de Vila Real Rui Santos está acusado pelo Ministério Público (MP) de prevaricação, num processo que envolve mais cinco arguidos e outros crimes como participação económica em negócio e falsas declarações.
André Ventura disparou contra PS e Governo, acusando-os de manter um Orçamento “incompetente” que continua a “sacar impostos” aos portugueses. O líder do CHEGA promete acabar com portagens, subir pensões e travar financiamentos que considera “absurdos”.
O Parlamento começa esta quinta-feira a debater e votar o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) na especialidade, numa maratona que se prolonga por cinco dias e culmina com a votação final global a 27 de novembro.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a União Geral de Trabalhadores (UGT) está a ser "fortemente manipulada pelo PS" no âmbito das alterações à lei laboral propostas pelo Governo PSD/CDS-PP.
Uma nova sondagem da Aximage para o Folha Nacional confirma a reviravolta política que muitos antecipavam: André Ventura salta para a liderança das presidenciais e ultrapassa Gouveia e Melo.
A Assembleia Municipal de Oeiras rejeitou o voto de pesar apresentado pelo CHEGA pela morte do agente da Polícia Municipal Hugo Machado, de 34 anos, com o INOV, liderado por Isaltino Morais, a votar contra e todos os restantes partidos a abster-se.
O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.