Zelensky vai reunir-se com Biden na Casa Branca em plena crise para nova ajuda a Kiev

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidou e vai receber o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na terça-feira, em Washington, para discutir "as necessidades urgentes da Ucrânia", anunciou hoje uma porta-voz da Casa Branca.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

A visita destina-se “a sublinhar o compromisso inabalável dos Estados Unidos de apoiar o povo da Ucrânia, que se defende da brutal invasão da Rússia”, referiu a porta-voz Karine Jean-Pierre.

O convite surge numa altura em que o governo dos Estados Unidos aumenta a pressão sobre o Congresso, onde há um bloqueio à aprovação de um novo pacote de ajuda à Ucrânia na guerra com a Rússia.

“À medida que a Rússia intensifica os seus ataques com mísseis e drones [aparelhos voadores não tripulados] contra a Ucrânia, os dois líderes discutirão as necessidades urgentes da Ucrânia e a importância vital do apoio contínuo dos Estados Unidos neste momento crítico”, disse a representante da administração Biden.

Os Estados Unidos são atualmente o maior fornecedor de apoio militar a Kiev, com apoios aprovados no valor de mais de 110 mil milhões de dólares desde a invasão da Rússia, em fevereiro de 2022.

Mas a promessa do Presidente norte-americano, Joe Biden, de continuar a apoiar financeiramente a Ucrânia está a ser posta em causa pelo Congresso.

Na semana passada, o Congresso bloqueou um pacote de mais de 106 mil milhões de dólares que Biden pediu insistentemente, que inclui fundos para a Ucrânia e para Israel.

Os eleitos pelo partido republicano estão a exigir concessões significativas na política de imigração dos EUA em troca dos seus votos.

Este é o pior cenário para Kiev, cuja contraofensiva aos ataques russos no verão não trouxe os ganhos territoriais esperados.

O bloqueio de novos fundos seria “o maior presente” para o Presidente russo, Vladimir Putin, avisou Joe Biden, dizendo que o líder do Kremlin, se conseguir tomar a Ucrânia, “não vai ficar por aqui”.

O gabinete do Presidente ucraniano anunciou entretanto que este vai iniciar uma visita de trabalho aos Estados Unidos na segunda-feira e que deverá encontrar-se com o Presidente norte-americano, Joe Biden, já na terça-feira.

“O presidente ucraniano reunir-se-á com o presidente dos EUA, Joe Biden, e realizará uma série de reuniões e negociações”, disse a presidência ucraniana em comunicado.

Últimas de Política Internacional

A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Mais de 20 mil munições do Exército alemão foram roubadas durante um transporte, em Burg, leste da Alemanha noticiou hoje a revista Der Spiegel acrescentando que o Governo considerou muito grave este desaparecimento.