Borrell anuncia compromisso Beirute-Riade de apoio a dois estados, Israel e Palestina

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) terminou um périplo ao Líbano e Arábia Saudita, com compromissos de trabalharem na solução dos dois estados, Israel e Palestina, e evitar o alastrar da guerra na região.

© Facebook de Josep Borrell

 

Num comunicado divulgado após os encontros do Alto representante da Política Externa e de Segurança da UE com “atores relevantes” em Beirute e Riade, Borrel regressa a Bruxelas “com um compromisso entre os mundos europeu e árabe de trabalhar nesse sentido [solução dos dois estados] e de evitar a expansão de uma guerra na região”.

Borrel salientou caber a Israel e à Palestina a principal parte do trabalho, uma vez que “só através de um acordo, um acordo político – a solução dos dois estados – Israel pode ficar seguro”.

Com o Líbano, Borrell debateu o elevado risco de alastramento do conflito Israel-Hamas, salientando que este deve ser evitado.

Em Riade, num encontro com o seu homólogo saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, o chefe da diplomacia da UE apelou à continuação do trabalho iniciado no final de setembro, em vésperas do ataque terrorista do Hamas a Israel, em 07 de outubro de 2023, na ONU com o lançamento da iniciativa do Dia da Paz.

Esta iniciativa juntou a UE, a Liga Árabe, a Arábia Saudita, o Egito e a Jordânia no sentido de apoiar a paz entre Israel e a Palestina.

No comunicado, Borrell reiterou os apelos à cessação das hostilidades em Gaza, referindo que o Hamas representa uma ideia, e a única maneira de matar uma má ideia, é propor outra melhor, a de “dar um horizonte ao povo palestiniano, à sua dignidade, à sua liberdade, à sua segurança, o que tem de andar a par e passo com a segurança de Israel.

Esta foi a segunda visita de Borrell à região depois do ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro, que fez 1.139 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 127 dos quais permanecem em cativeiro, segundo um balanço israelita.

A retaliação de Telavive, por seu lado, já causou a morte a 23.210 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o último balanço do ministério da Saúde do Hamas, a que se soma uma catástrofe humanitária causada pela falta de bens básicos como alimentação, energia, água e cuidados médicos.

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