Eleição de Ventura, estatutos e legislativas marcam Convenção do CHEGA

O CHEGA vai reunir em Viana do Castelo a sua VI Convenção Nacional entre sexta-feira e domingo, a dois meses das eleições legislativas, para voltar a eleger André Ventura como presidente e alterar os estatutos do partido.

© Folha Nacional

A reunião magna do CHEGA, oficializado em abril de 2019 pelo Tribunal Constitucional, vai decorrer no Centro Cultural de Viana do Castelo, e é a sexta em cinco anos de vida desta força política.

A VI Convenção Nacional do CHEGA, marcada extraordinariamente, arranca na sexta-feira à noite com a eleição da Mesa, seguindo-se um período de intervenções políticas.

Segundo o programa oficial, não está previsto que André Ventura se dirija aos delegados nesse dia, limitando-se a responder aos jornalistas à chegada à convenção.

No sábado, os trabalhos arrancam com a apresentação das moções temáticas. O presidente do partido e recandidato apresenta a sua candidatura pelas 11:30, antes da eleição por voto secreto.

De acordo com o programa disponibilizado no site do CHEGA, após uma interrupção para almoço, os trabalhos retomam com mais tempo previsto para a apresentação das 31 moções temáticas e também das propostas de alteração aos estatutos, que está previsto serem votadas no final do dia.

O resultado da eleição para presidente do CHEGA, à qual André Ventura é candidato único, será anunciado ao final da tarde, seguido da tomada de posse.

Após o jantar, serão ainda apresentadas as moções de candidatura à Mesa da Convenção e do Conselho Nacional, Conselho de Jurisdição Nacional e Conselho Nacional, que serão eleitos no domingo.

Ao longo do dia estão também previstos momentos para intervenções políticas por parte dos delegados, devendo os trabalhos encerrarem já de madrugada.

Para domingo de manhã estão previstas as votações para os órgãos nacionais, resultados que serão anunciados ao início da tarde.

Pelas 16:30, André Ventura fará o seu discurso de consagração, após a tomada de posse dos restantes órgãos nacionais do partido: Direção Nacional, Conselho Nacional, Mesa da Convenção e do Conselho Nacional e Conselho de Jurisdição Nacional.

Esta convenção, que vai juntar cerca de mil delegados (entre eleitos e inerências), decorre a dois meses das eleições legislativas, num ano em que estão marcadas também eleições regionais nos Açores, em 04 de fevereiro, e europeias, em 09 de junho.

Esta reunião magna do partido de direita radical acontece depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter invalidado a convocatória da última convenção, que decorreu há cerca de um ano.

Ao contrário do que aconteceu nas últimas reuniões magnas do CHEGA, esta não deverá contar com convidados representantes de partidos de direita radical europeus.

A VI Convenção Nacional do CHEGA acontece uma semana depois do congresso do PS.

Últimas de Política Nacional

Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.