CHEGA é essencial para maioria estável nos Açores

"Só haverá estabilidade governativa nos Açores se houver um acordo de governo para os próximos quatro anos. Vamos trabalhar para que esse acordo seja possível", André Ventura.

© Folha Nacional

O CHEGA foi o único partido a aumentar a votação relativamente às eleições de 2020 na Região Autónoma dos Açores, tendo subido de dois para cinco deputados eleitos. Já a coligação PSD/CDS-PP/PPM ficou à frente do PS, mas a três deputados da maioria absoluta, sendo essencial uma coligação para governar.

A coligação, que governa a região desde 2020, conseguiu 42,08% (48.668 votos) e 26 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 57 deputados.

O PS conquistou 23 deputados, tendo alcançado 35,91% (41.538 votos).

Relativamente a 2020, PSD, CDS-PP e PPM, que então concorreram separados, conseguiram eleger o mesmo número de deputados para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

Em 2020, nas últimas eleições regionais, o PS tinha vencido as eleições, alcançando 25 mandatos, mais dois do que nestas eleições.

Em terceiro lugar na votação ficou o CHEGA, com 9,19% (10.626 votos), tendo sido o único partido a subir o número de mandatos, elegendo agora cinco deputados, mais três do que em outubro de 2020.

O BE elegeu um deputado, com 2,54% (2.936 votos), tendo perdido um parlamentar em relação às últimas regionais.

A IL manteve o deputado que tinha conquistado em 2020, tendo agora alcançado 2,15% (2.482), tal como o PAN, que obteve 1,65% (1.907 votos).

A CDU, que tal como em 2020 voltou a ficar fora do parlamento regional, obteve 1,58% (1.823 votos).

O presidente do CHEGA considerou que o resultado do seu partido nas eleições dos Açores, com a eleição de cinco deputados, é uma “grande vitória” e afirmou que “só haverá estabilidade” com um acordo de governo. “Só haverá estabilidade governativa nos Açores se houver um acordo de governo para os próximos quatro anos. Vamos trabalhar para que esse acordo seja possível”, afirmou André Ventura.

O líder do CHEGA apontou que, durante a campanha, o partido transmitiu que “só um acordo governativo permitiria essa estabilidade” e que “os açorianos sabiam disso e votaram nisso” nas eleições antecipadas de domingo.

“Este é um processo que pode vir a ser demorado, porque tem de ser sustentado em negociações estruturais, sólidas e que provavelmente não serão conseguidas em dois ou três dias. Mas da nossa parte eu quero deixar a garantia, como já foi dada pelo próprio CHEGA/Açores de que trabalharemos para ter um acordo de governo que garanta a estabilidade nos Açores”, afirmou.

Apontando que “depois de umas eleições que decorreram da não aprovação de um orçamento, ninguém quererá arriscar nova instabilidade nos próximos meses”, André Ventura sustentou que “o PSD só tem duas escolhas: ou o PS ou um entendimento à direita com o CHEGA”.

O Presidente do CHEGA disse ainda acreditar que “o PSD, por querer agregar o eleitorado da direita e não juntar-se ao PS, tomará a opção” de ter um governo “estável à direita durante os próximos quatro anos”.

Ventura considerou que o CHEGA será “o partido decisivo da governação dos Açores ao longo dos próximos quatro anos” e “fundamental para assegurar a estabilidade governativa da região”, indicando que “não se furtará a essa responsabilidade”.

*Com Agência Lusa

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA anunciou hoje que vai enviar à Procuradoria-Geral da República (PGR) as conclusões da relatora, do seu partido, que foram rejeitadas na íntegra pela comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras.
PS e PSD uniram-se na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso das gémeas luso-brasileiras para evitar que o relatório final atribuísse responsabilidades ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao ex-secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, regressa esta quarta-feira à Assembleia da República para participar no debate preparatório do Conselho Europeu, cerca de uma semana depois da demissão do Governo, provocada pelo chumbo de uma moção de confiança.
O presidente do CHEGA disse considerou hoje "uma vergonha" e um branqueamento do comportamento de responsáveis políticos o chumbo do relatório elaborado pela deputada do CHEGA, Cristina Rodrigues, à comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras.
Henrique Galado, chefe de gabinete da vereadora do PSD, marcou presença numa vistoria às obras em curso na residência do primeiro-ministro, Luís Montenegro, situada na Travessa do Possolo, em Lisboa. O imóvel está a ser alvo de intervenção para a fusão de dois apartamentos num duplex, num caso que tem suscitado controvérsia, especialmente no que concerne à necessidade de comunicação das obras à autarquia.
O CHEGA questionou o Governo sobre as medidas adotadas para corrigir "as anomalias detetadas" na barragem do Monte Novo, em Évora, que tem uma avaria nas comportas, e alegou tratar-se de "falta de manutenção".
O presidente do CHEGA, André Ventura, pediu hoje aos portugueses "uma oportunidade" para Governar e prometeu, se ganhar as próximas legislativas, apresentar no primeiro dia de mandato "o maior pacote anticorrupção da história" do país.
Está instalada uma nova crise política depois da queda do Governo de Luís Montenegro que tentou desesperadamente fazer um acordo com o PS. Para André Ventura “um primeiro-ministro que prefere atirar o país para a lama não merece confiança absolutamente nenhuma”.
O presidente do CHEGA, André Ventura, criticou hoje as declarações do presidente da Assembleia da República, considerando que Aguiar-Branco “prestou um mau serviço à democracia”, e acusou-o de “cobardia política”.
O deputado do PSD, Carlos Reis, voltou a insultar, esta quinta-feira, um deputado do CHEGA durante o debate parlamentar.