Secretário-geral da NATO critica comentários que “minam a segurança de todos”

O secretário-geral da NATO advertiu hoje para comentários que "minam a segurança", na sequência das declarações de Donald Trump, que levantou a hipótese de deixar de defender os países da Aliança Atlântica cujas contribuições financeiras sejam insuficientes.

© Facebook oficial NATO

 

“Qualquer sugestão de que os aliados não se vão defender uns aos outros mina a segurança de todos nós, incluindo os Estados Unidos, e expõe os soldados americanos e europeus a um risco acrescido”, afirmou Stoltenberg, em comunicado.

O republicano Donald Trump disse no sábado que, se for reeleito Presidente dos Estados Unidos, dirá aos aliados da NATO que encorajaria a Rússia a fazer o que entendesse com países com dívidas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).

Trump fez estas declarações num comício na Carolina do Sul, onde relatou uma história que já antes contara sobre um membro da NATO, não identificado, que o terá confrontado sobre a ameaça de não defender os Estados que não cumprissem as metas de financiamento da Aliança Atlântica.

O ex-presidente norte-americano critica frequentemente os aliados da organização que não financiam suficientemente, na sua opinião, a instituição.

Esta declaração aconteceu após Trump, possível candidato contra o democrata Joe Biden nas eleições de novembro, fazer pressão sobre os eleitos republicanos no Congresso para rejeitarem um projeto de lei que prevê uma nova ajuda à Ucrânia.

A Casa Branca reagiu com veemência à proposta do ex-presidente: “encorajar a invasão dos nossos aliados mais próximos por regimes assassinos é confrangedor e insensato”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, no sábado à noite.

“Em vez de apelar para a guerra e promover o caos, o Presidente Biden continuará a apoiar a liderança norte-americana”, acrescentou.

Últimas de Política Internacional

O conservador Karol Nawrocki venceu a segunda volta das presidenciais de domingo na Polónia, com 50,89% dos votos, contra 49,11% do rival, o liberal Rafal Trzaskowski, após o escrutínio da totalidade dos votos, anunciou Comissão Eleitoral Nacional.
Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, hoje realizada, estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.
A China denunciou hoje como inaceitável o paralelo que o Presidente francês, Emmanuel Macron, estabeleceu entre a situação na Ucrânia e em Taiwan, ilha que o Ocidente receia que seja invadida por Pequim.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, disse hoje, em Singapura, que os Estados Unidos "não procuram um conflito com a China", mas que não serão expulsos de "região crucial do Indo-Pacífico".
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou hoje que os Estados Unidos vão recusar vistos às autoridades estrangeiras que censurarem publicações de norte-americanos nas redes sociais.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, defendeu hoje que a situação humanitária em Gaza "continua a ser intolerável", acusando Israel de ataques contra civis que "vão para além do que é necessário".
O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse hoje que a Alemanha passa a estar entre os países que já não impõem à Ucrânia a condição de não utilizar armas alemãs contra alvos militares na Rússia.
O Governo de Bissau expressou hoje desagrado pela forma como Portugal tratou a apreensão de passaportes guineense no aeroporto de Lisboa e pede a devolução dos documentos que garante são legais.
O Presidente ucraniano insistiu hoje que só o aumento das sanções impedirá a Rússia de se sentir impune para continuar a intensificar os ataques contra a Ucrânia, após Moscovo ter disparado esta madrugada um número recorde de 'drones'.
A Rússia e a Ucrânia trocaram hoje centenas de prisioneiros, na segunda fase de uma troca recorde de soldados entre Moscovo e Kiev e após acordos na semana passada, anunciaram os dois países.