Hungria confirma votação de ratificação de adesão sueca na segunda-feira

O Parlamento da Hungria deverá votar a ratificação da candidatura da Suécia à NATO já na próxima segunda-feira, de acordo com um alto membro do partido Fidesz, que governa o país.

©Facebook de Viktor Orbán

Numa carta enviada hoje ao presidente do Parlamento, o líder da bancada do Fidesz, Máté Kocsis, solicitou que a votação fosse marcada para o dia de abertura da sessão da primavera, que começa na segunda-feira.

Kocsis escreveu que o Fidesz – que, por várias vezes, bloqueou a votação sobre o tema – optará por apoiar a candidatura da Suécia para aderir à aliança militar transatlântica, colocando fim a um impasse que se prolongava há vários meses.

A Hungria é o único dos 31 membros da NATO que não ratificou a candidatura da Suécia, apesar de o seu Governo ter prometido que não ficaria nessa posição.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, tem enfrentado uma pressão crescente para resolver esta questão, depois de ter adiado a medida por mais de um ano e meio, uma vez que a admissão de um novo país na Aliança Atlântica requer aprovação unânime.

No domingo, um grupo bipartidário de senadores dos EUA visitou a Hungria e anunciou que apresentaria uma resolução conjunta ao Congresso condenando o alegado retrocesso democrático no país e pedindo a Orbán para acelerar o processo de aprovação da adesão da Suécia.

Orbán tem sido acusado de isolar o seu país, por várias decisões polémicas que tem assumido, especialmente dentro da União Europeia (UE), como a colocação de obstáculos ao financiamento do esforço de resistência à invasão russa por parte da Ucrânia.

Na questão da adesão sueca à NATO, Orbán chegou a insistir que o seu homólogo da Suécia, Ulf Kristersson, fizesse uma visita a Budapeste para atenuar as preocupações de que os políticos suecos tivessem falado de forma desrespeitosa sobre a saúde da democracia húngara.

Contudo, no sábado passado, num discurso sobre o estado da nação, em Budapeste, Orbán admitiu que esta indecisão terminará em breve.

“Tenho uma boa notícia: a nossa disputa com a Suécia está a chegar ao fim. (…) Estamos a avançar no sentido de ratificar a adesão da Suécia à NATO no início da sessão da primavera do Parlamento”, prometeu o chefe de Governo húngaro, no sábado.

Últimas de Política Internacional

A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Mais de 20 mil munições do Exército alemão foram roubadas durante um transporte, em Burg, leste da Alemanha noticiou hoje a revista Der Spiegel acrescentando que o Governo considerou muito grave este desaparecimento.
A Comissão Europeia escolheu hoje dois corredores de eletricidade e de hidrogénio que abrangem Portugal como projetos de interesse comum e mútuo para receber apoio da União Europeia (UE).
O Presidente dos Estados Unidos avisou hoje que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “totalmente fechado”, numa altura em que Donald Trump está a aumentar a pressão sobre aquele país e o confronto com Nicolás Maduro.
Um incêndio na zona mais sensível da COP30 lançou o caos na cimeira climática e forçou a retirada imediata de delegações, ministros e equipas técnicas, abalando o ambiente das negociações internacionais.