Lavrov destacou os distritos militares de Moscovo e Leningrado, para onde “serão destacadas forças adequadas aos desafios à segurança da Federação Russa que possam surgir dos territórios da Finlândia e da Suécia”.
O chefe da diplomacia Russa fez estas declarações a partir do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia, onde lamentou que Helsínquia e Estocolmo tenham mudado “décadas de boa vizinhança” e neutralidade com a sua entrada na Aliança Atlântica.
Lavrov também garantiu que a Rússia está disposta a sentar-se para negociar com a Ucrânia, embora tendo sempre em conta os seus legítimos interesses e a legalidade internacional.
“A crise terminará quando Kiev começar a cumprir as normas mais básicas do direito internacional, incluindo o respeito pelos direitos humanos”, sublinhou, embora tenha alertado que a Rússia “não tem o direito ou a opção de trair o povo russo do Donbass, de Novorosia”.
Lavrov também denunciou uma atitude “agressiva” dos Estados Unidos e dos seus aliados e citou como exemplo uma fuga de conversas dentro das Forças Armadas alemãs nas quais se especula um ataque à ponte de Kerch, que liga Krasnodar à Crimeia, uma “revelação” sobre as posições distantes entre o Governo alemão, liderado por Olaf Scholz, e as Forças Armadas alemãs.
Esta posição é para tentar distanciar a Arménia da Rússia e prolongar o conflito na Palestina, onde alertou para a “limpeza étnica”.
Para Lavrov, a única solução para o conflito israelo-palestiniano é a “implementação das resoluções da ONU” e a “criação de um Estado palestiniano”.
Washington e outros governos ocidentais estão a “minar” esta criação de um Estado, “deixando tudo como está”, razão pela qual alertou que um êxodo da população de Gaza concentrada em Rafah para o Egito é “inaceitável”.
“Seria uma limpeza étnica de facto”, frisou.
O chefe da diplomacia russa também propôs que a Al Fatah e o Hamas se reconciliassem e unissem forças na Organização para a Libertação da Palestina (OLP).