O presidente do CHEGA, André Ventura, comprometeu-se hoje, caso seja governo, a reduzir as listas de espera na saúde no primeiro meio ano de mandato e apontou várias críticas à atuação do executivo socialista.
André Ventura falava no final de um almoço/comício no concelho de Estremoz (distrito de Évora), no qual participou o cabeça de lista do CHEGA por aquele círculo eleitoral, o antigo deputado do PSD Rui Cristina.
O líder do CHEGA defendeu que “não há tarefa mais fundamental do que esta” e que “a saúde dos portugueses tem de estar primeiro”.
“Não podemos estar anos à espera daquilo que é mais sagrado, que é a saúde”, considerou.
Na sua intervenção, André Ventura apontou também várias críticas ao estado dos serviços de saúde e à atuação do Governo.
“Se há área onde o PS falhou, onde há área onde o PS é a expressão da incompetência e da negligência, é na saúde”, acusou.
No Alentejo, o presidente do CHEGA apontou um “role em catadupa de tragédias na saúde”, com “serviços de urgência fechados, especialidades em que se espera dois ou três anos por uma consulta, […] locais onde os centros de saúde abrem alternadamente”, considerando que “isto é convite à desertificação”.
“Se Pedro Nuno Santos tivesse um pingo de vergonha, assim como Manuel Pizarro, teriam a capacidade nestas eleições de pedir desculpa pelo estado lastimoso em que deixaram a saúde”, criticou.
André Ventura referiu-se também ao primeiro-ministro, António Costa, indicando que “prometeu médico de família para todos”, mas “hoje há um milhão e 700 mil portugueses sem médico de família, sem enfermeiro de família”.
O líder do CHEGA acusou o chefe de Governo de ter tido “o desplante de ir a comício do PS no Porto e dizer que em 2026, daqui a dois anos, haverá excesso de médicos de família”.
“António Costa não é apenas um mau primeiro-ministro, não é apenas um farsante e um mentiroso, António Costa é um hipócrita como primeiro-ministro, e deve ser responsabilizado por isso”, defendeu.
No seu discurso, André Ventura aproveitou ainda para responder ao presidente do PS, Carlos César, que considerou na segunda-feira que “votar no CHEGA é muito perigoso”.
“É perigoso para este tipo de socialistas que o CHEGA vença as eleições, porque os familiares que eles têm na política há não sei quantos anos, os tachos que andam a distribuir por amigos, vão acabar”, afirmou, considerando que “o medo deles é esse”.
Também numa intervenção no comício, perante algumas dezenas de apoiantes, o cabeça de lista do CHEGA por Évora centrou-se na agricultura e na defesa do mundo rural.
Rui Cristina, considerado por Ventura “o melhor deputado do PSD na última legislatura”, defendeu a necessidade de “reavaliar” a proibição do tiro aos pombos e a redução do IVA dos espetáculos tauromáquicos.
“Temos de preservar a nossa cultura, a nossa identidade. […] As touradas não são só um mero espetáculo, são um elo de ligação e de união entre várias gerações, que mantém viva a nossa cultura”, sustentou.