Villas-Boas questiona transparência e segurança de voto nas eleições do FC Porto

A “transparência e segurança de voto” nas eleições do FC Porto foi hoje questionada por André Villas-Boas, candidato à presidência dos vice-campeões nacionais, após o roubo de faixas doadas pelas claques ao museu do clube.

© Facebook de André Villas-Boas

 

“Têm de ser apuradas responsabilidades quanto à segurança do museu e do Estádio do Dragão, que foi o palco escolhido pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral para as eleições. Se essa segurança não está garantida, como é que iremos ter transparência e segurança de voto em 27 de abril? São questões que ficam sempre por esclarecer. As pessoas escudam-se no silêncio e, quando soltam os comunicados, os sócios reagem veementemente. Foi um episódio lamentável, que facilmente poderia ter sido evitado se houvesse comunicação entre as partes”, vincou, em declarações à comunicação social.

O ex-treinador falava na sua sede de campanha, no Porto, no final da apresentação de cinco associadas como candidatas pela lista “Só há um Porto” ao Conselho Superior nas eleições do clube ‘azul e branco’, que decorrerão em 27 de abril, no Estádio do Dragão.

No sábado, o FC Porto anunciou ter apresentado uma participação às autoridades pelo roubo de faixas das claques Super Dragões e Colectivo Ultras 95 no museu do clube, na sequência de um assalto ocorrido em 04 de março, dia seguinte à goleada aplicada em casa ao então líder isolado e campeão nacional Benfica (5-0), na 24.ª jornada da I Liga.

“Por decisão própria, o FC Porto optou por não comunicar aos sócios naquela altura em que as tarjas foram roubadas. Desconhece-se a razão pela qual o fez, mas vem em linha com uma série de ações que a direção está a tomar. Enviámos uma carta registada para que os sócios sejam esclarecidos sobre uma série de negócios estruturantes, de receitas e de questões. Este caso foi pior: os sócios e os representantes das claques não foram informados. O roubo de uma tarja é sagrado no movimento das claques. A constatação dessa realidade foi omitida e as claques reagiram de forma ostensiva”, disse Villas-Boas.

Notando que os suspeitos foram identificados através das imagens de videovigilância do museu, o FC Porto manifestou-se solidário com os grupos organizados de adeptos, que protestaram em silêncio durante a goleada ao Vizela (4-1), no sábado, para a 26.ª ronda.

Se os Colectivo Ultras 95 deixaram as bancadas na primeira parte, sendo vaiados pela maioria dos adeptos portistas, que ripostaram com cânticos, os Super Dragões tomaram posição idêntica ao intervalo e viraram mesmo as suas faixas principais para cima, mas mudaram subitamente de ideias no início da segunda parte e jamais pararam de cantar.

“Há coisas que não se misturam. O protesto teve a ver com o roubo que foi comunicado duas semanas depois e não com o ato eleitoral. O clube tem de se unir em torno daquilo que é sagrado. Os adeptos substituíram as claques, que tantas vezes animam o estádio. Foi uma forma de apoiarem a equipa. É de lamentar a atuação da direção, que assiste a isto de forma impávida, não comunica com os sócios e chuta para canto o que não lhe interessa. No final, a equipa conseguiu vencer e isso é o mais importante”, reconheceu.

Fonte policial disse à agência Lusa que a PSP “já apurou prova nas diligências levadas a cabo” desde a queixa apresentada no início da semana pela direção de Pinto da Costa.

Antes da receção ao Vizela, as claques aperceberam-se do roubo do material e encaminharam-se para o museu do FC Porto, situação que levou o comandante do dispositivo de segurança da partida a dirigir-se aos Super Dragões e aos Colectivo Ultras 95 para dar explicações.

André Villas-Boas concorrerá com Pinto da Costa, detentor de 15 mandatos seguidos na presidência do FC Porto e dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial, e com o empresário Nuno Lobo, candidato derrotado em 2020, nas eleições dos ‘dragões’.

Últimas de Desporto

Nuno Borges e Francisco Cabral colocaram hoje Portugal em vantagem sobre o Mónaco (2-1), ao vencerem o encontro de pares frente a Hugo Nys e Romain Arneodo na eliminatória de manutenção do Grupo Mundial 1 da Taça Davis.
Portugal terminou hoje em quarto lugar o Campeonato do Mundo de andebol, depois ser derrotado pela França, por 35-34, no jogo de atribuição da medalha de bronze, que decorreu em Oslo.
O envolvimento de Portugal na organização do Mundial2030 de futebol, juntamente com Espanha e Marrocos, vai gerar uma receita fiscal próxima de 400 milhões de euros (ME), segundo um estudo da consultora PwC.
Pedro Proença vai concorrer à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) nas eleições de fevereiro de 2025, anunciou hoje o líder da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e da Associação de Ligas Europeias.
A portuguesa Patrícia Sampaio, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Paris2024, terminou hoje a competição de -78 kg na terceira posição, ao vencer no combate pela medalha a japonesa Shori Hamada, por ippon.
O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) sagrou-se hoje campeão mundial de Fórmula 1 pela quarta vez consecutiva, apesar de ter terminado o Grande Prémio de Las Vegas, 22.ª ronda da temporada, na quinta posição.
O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) venceu hoje o Grande Prémio do Brasil de Fórmula 1, 21.ª ronda da temporada, depois de ter largado da 17.ª posição da grelha, e alargou a vantagem na liderança do campeonato.
O ex-atleta Domingos Castro foi hoje eleito novo presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), com 60,9% dos votos, batendo as listas de Paulo Bernardo e Fernando Tavares, que obtiveram 21,9% e 10,9%, respetivamente.
Portugal procura hoje ficar mais perto dos quartos de final da Liga das Nações de futebol no duelo com a Polónia, em Varsóvia, adversário que necessita de triunfar para continuar na ‘luta’, na terceira jornada do Grupo A1.
O português Francisco Ordonhas sagrou-se hoje campeão europeu júnior de surf, depois de ter chegado à final do Pro Junior Raso, na Corunha, em Espanha, segunda e última etapa do Pro Junior europeu.