Von der Leyen exige cessar-fogo imediato em Gaza

A presidente da Comissão Europeia exigiu hoje, ao lado de António Guterres, um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza para libertar os reféns israelitas e permitir o acesso de ajuda humanitária à população palestiniana.

© Facebook/comissão europeia

“Estamos extremamente preocupados com a guerra em Gaza e o desenrolar de uma situação humanitária catastrófica. Gaza está a enfrentar fome severa, isto é inaceitável, é essencial chegar a acordo sobre um cessar-fogo já, que liberte os reféns e permita mais acesso humanitário”, disse Ursula von der Leyen.

Em conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidente do executivo comunitário assegurou que continua a haver um diálogo construtivo com Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).

Na sequência de alegações feitas por Israel, ainda por comprovar, de que funcionários daquela agência das Nações Unidas tinham colaborado com o movimento islamita Hamas no atentando de 07 de outubro de 2023, a Comissão Europeia disse que ia avaliar as contribuições futuras até haver confirmação destas acusações.

No início de março, a Comissão avançou com o pagamento de 50 milhões de euros para a UNRWA, mas a previsão era de que contribuísse com 88 milhões de euros, como indicou em fevereiro o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Ursula von der Leyen foi amplamente criticada no final de 2023 pela posição que assumiu face ao conflito no enclave palestiniano, por apenas referir a libertação dos reféns israelitas, quando já havia críticas à intervenção militar de Israel, considerada desproporcionada, e que até hoje provocou a morte de pelo menos 30.000 pessoas, de acordo com estimativas feitas pelas autoridades palestinianas.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 31 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.

Últimas de Política Internacional

A chefe da diplomacia europeia sublinhou hoje, junto do Governo iraniano, que a UE "sempre foi clara" na posição de que Teerão não deve ter armas nucleares.
O enviado especial francês para a terceira Conferência do Oceano da ONU (UNOC3) anunciou hoje, último dia dos trabalhos, que o Tratado do Alto Mar, de proteção das águas internacionais, será implementado em 23 de setembro, em Nova Iorque.
As delegações dos EUA e da China, reunidas durante dois dias em Londres para resolver as diferenças comerciais entre os dois países, anunciaram na noite de terça-feira um acordo de princípio, deixando a validação para os respetivos presidentes.
O primeiro-ministro da Hungria, o nacionalista Viktor Orbán, afirmou hoje que a Direita europeia sofre o ataque dos "burocratas" de Bruxelas e que, apesar disso, os "patriotas" cooperam para vencer em todo o continente europeu.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, deverá pedir hoje, em Londres, um aumento de 400% na capacidade de defesa aérea e antimíssil da Aliança, especialmente para combater a Rússia.
O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, agradeceu ao presidente norte-americano e ao seu Governo o veto único a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.