Parlamento passa a ter semáforo para disciplinar tempo das intervenções

O parlamento vai ter um semáforo para disciplinar as intervenções dos deputados e membros do Governo, com a palavra do orador a ser cortada 15 segundos depois de se ter acendido o sinal vermelho.

© Folha Nacional

De acordo com o porta-voz da conferencia de lideres, o deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira, a proposta de adoção de uma espécie de semáforo para impedir situações de desrespeito em relação ao tempo limite das intervenções partiu do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e “dos seus vice-presidentes”.

“Não mereceu a unanimidade, mas obteve uma muito ampla maioria” entre as forças políticas presentes na reunião de hoje da conferência de líderes parlamentares, adiantou.

De acordo com Jorge Paulo Oliveira, com a adoção das luzes de aviso, pretende-se evitar que “haja denúncias expressas, de forma pública ou privada, de que um determinado grupo parlamentar teve um tratamento [por parte da mesa da Assembleia da República] ou mais favorável ou desfavorável em matéria de gestão de tempos de intervenção”.

O novo sistema de controlo de tempos de intervenção poderá ser já aplicado a partir desta quinta-feira, durante o debate do Programa do Governo.

No painel dos tempos disponíveis para cada bancada e para o Governo, aparecerá uma luz 30 segundos antes de se esgotar o tempo limite. Nessa altura, acender-se-á uma luz amarela.

A partir do momento em que se esgotar o tempo de discurso atribuído, surgirá então uma luz vermelha. Com a luz vermelha, haverá uma tolerância de 15 segundos, mas findo esse espaço de tempo os microfones serão automaticamente desligados.

“Não haverá qualquer intervenção por parte de nenhum elemento da mesa do parlamento. O processo será totalmente desenvolvido pelos serviços técnicos. Assim, evita-se o sentimento de que uns foram mais favorecidos do que outros”, acrescentou o porta-voz da conferência de líderes parlamentares.

Últimas de Política Nacional

O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.
André Ventura deixou claro que não está disposto a ceder no que entende serem valores essenciais, assegurando que não prescinde do seu direito à liberdade de expressão nem aceita qualquer imposição que limite a sua voz política.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje solicitar à Comissão de Transparência a abertura de um inquérito por "eventuais irregularidades graves praticadas" pela deputada do BE Mariana Mortágua por um gesto dirigido a Paulo Núncio.
André Ventura enfrenta hoje a Justiça por causa de cartazes de campanha que defenderam que 'Os ciganos têm de cumprir a lei'. O líder do CHEGA responde em tribunal num processo que volta a colocar frente a frente liberdade de expressão, discurso político e os limites da lei.
Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.