Israel aprova ofensiva em Rafah e continuação de negociações com Hamas

O Gabinete de Guerra israelita, chefiado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, decidiu hoje prosseguir a ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que concordou continuar as negociações para uma trégua com o grupo palestiniano Hamas.

©Facebook Israel Reports

 

“Embora a proposta do Hamas fique muito aquém dos requisitos de Israel, Israel enviará uma delegação para esgotar a possibilidade de chegar a um acordo em condições aceitáveis”, afirmou o gabinete de Netanyahu em comunicado.

Nesse sentido, Israel informou que manterá a decisão de realizar uma ofensiva militar contra Rafah “para exercer pressão militar sobre o Hamas”, com a finalidade de “avançar na libertação dos reféns” sequestrados pelas milícias palestinianas no dia 07 de outubro, e de alcançar os seus “objetivos na guerra”.

Esta declaração surge depois de o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, ter confirmado aos mediadores do Egito e do Qatar que aceitou uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, enquanto as Forças de Defesa israelitas anunciavam que bombardearam ao fim do dia mais de 50 alvos do grupo palestiniano na região de Rafah.

Os bombardeamentos foram dirigidos a “locais terroristas” localizados no extremo sul do enclave palestiniano em preparação da entrada das forças terrestres israelitas no leste de Rafah, de acordo com o porta-voz militar do Exército, Daniel Hagari.

Hoje de manhã, as Forças de Defesa israelitas emitiram uma ordem de evacuação para a região das zonas orientais de Rafah, afetando cerca de cem mil pessoas, num primeiro passo de uma ofensiva em grande escala contra a região, onde se encontram mais de 1,2 milhões de deslocados.

Há vários meses que Egito e Qatar têm mediado conversações entre Israel e o Hamas, procurando encontrar uma solução para a guerra desencadeada pelo ataque do movimento islamita em território israelita, em 07 de outubro passado, a que se seguiu desde então uma retaliação em grande escala das forças de Telavive na Faixa de Gaza.

Últimas do Mundo

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje que uma em cada dez crianças no mundo vai precisar de ajuda no próximo ano, com o Sudão e Gaza a registarem as piores emergências infantis.
Um avião da companhia aérea britânica Jet2, que voava entre Londres e Fuertventura, nas ilhas Canárias, declarou hoje emergência e aterrou em segurança no Aeroporto Gago Coutinho, em Faro, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
A polícia australiana apresentou hoje 59 acusações contra Naveed Akram, de 24 anos, incluindo 15 por homicídio e uma por terrorismo, pelo suposto envolvimento no ataque contra uma celebração judaica ocorrido no domingo numa praia perto de Sydney.
A Comissão Europeia abandonou hoje a meta de ter em 2035 só carros elétricos ou a hidrogénio, fixando-a agora nos 90%, respondendo às preocupações do setor.
A mulher do ex-presidente da Guiné-Bissau foi constituída arguida por suspeita de contrabando e branqueamento, no caso em que um homem próximo de Sissoco Embaló foi detido em Lisboa, confirmou hoje à Lusa fonte ligada à investigação.
O ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou no parlamento que o físico português Nuno Loureiro, diretor de um laboratório do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foi hoje assassinado a tiro em Boston.
Depois de ter perdido a primeira volta, José Antonio Kast protagonizou uma reviravolta eleitoral e foi eleito Presidente do Chile, impondo uma derrota clara à candidata comunista Jeannette Jara no segundo turno das presidenciais.
A liberdade de expressão mundial caiu 10% entre 2012 e 2024, um retrocesso comparável ao ocorrido com a Primeira Guerra Mundial, alertou hoje a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Quinze pessoas morreram e pelo menos 40 ficaram feridas num ataque armado durante uma festa judaica na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, informou na segunda-feira a polícia estadual numa atualização do balanço de vítimas.
A plataforma de arrendamento de alojamentos turísticos Airbnb terá de pagar uma multa de 64 milhões de euros em Espanha por causa da publicação de anúncios ilegais, anunciou hoje o Governo espanhol.