Debates das europeias fechados mas com polémica à mistura

O CHEGA, a Iniciativa Liberal e o Bloco de esquerda denunciaram falta de transparência na forma como estavam a ser apresentados os modelos dos debates para as eleições europeias. Desde o dia 3 de maio que decorrem as negociações para os debates televisivos das eleições europeias.

© Folha Nacional

Os três principais canais televisivos propuseram aos oito partidos, com assento parlamentar, um modelo de debates equivalente aos debates das legislativas. Esse modelo foi aceite por todos os partidos, com exceção do Partido Socialista e Partido Social Democrata, que não apresentaram qualquer tipo de justificação para o efeito, levando os restantes partidos a aguardar por um novo plano de debates.

Esta recusa obrigou as televisões a revisão da sua proposta e de um novo modelo de debates. Eis o que sugeriram: três debates com os cabeças de lista e um debate final entre PS e PSD. Contudo, este novo modelo também gerou desconforto nos partidos, que se viram privados dos debates frente-a-frente, tendo mesmo o Bloco de Esquerda ameaçado com uma providência cautelar: “a proposta para a realização de um debate frente-a-frente entre PS e AD é inaceitável e, em nosso entender, deve ser retirada.

Se assim não for atendendo à manifesta ilegalidade confirmada por decisões anteriores da CNE e da ERC, o Bloco de Esquerda apresentará uma providência cautelar para que este debate seja realizado nos termos da lei”, escreveu o Bloco. Seguiu-se a Iniciativa Liberal e o CHEGA que, igualmente, demonstraram o seu descontentamento pela desigualdade de tratamento.

“Consideramos injusto e inadequado o plano apresentado pelas televisões, na medida em que o CHEGA teve 1,2 milhões de votos nas últimas eleições legislativas – uma diferença minúscula de apenas 600 mil votos para PS e PSD – e, por isso, não é compreensível esta diferenciação face aos dois primeiros partidos.

Os debates entre candidatos de partidos com assento parlamentar devem pugnar por um sentido de igualdade de critérios e não por uma diferenciação que, em todos os modelos propostos, inclusivamente em sufrágios anteriores, acaba sempre por beneficiar PS e PSD, o que constitui uma clara violação da lei”, respondeu o CHEGA.

Após as reclamações apresentadas pelos partidos, os canais televisivos recuaram na proposta e sugeriram um terceiro modelo, que deverá ser o definitivo. Entre os dias 13 e 21 de maio, cada partido terá direito a três debates com quatro diferentes partidos e, no dia 28 de maio, haverá um último debate, onde estarão presentes os oito cabeças de lista dos diferentes partidos.

Este modelo foi aceite por unanimidade tendo o CHEGA vincado a sua surpresa de não ter um debate no canal TVI, e o Bloco ter contestado por não comparecer na SIC, apurou o Folha Nacional. “Aceitamos o calendário, contudo, não podemos deixar de vincar a surpresa de não ter sido possível uma divisão equilibrada dos debates entre canais, implicando a falta de comparência do CHEGA na TVI”, frisou o CHEGA à SIC.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.
Em visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, André Ventura, candidato presidencial apoiado pelo CHEGA, afirmou que o mundo rural “deveria ter muito mais importância no debate político” e sublinhou a necessidade de defender “os grandes símbolos do país rural”, que considera frequentemente esquecidos pelas forças políticas do sistema.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende que estrangeiros não residentes, sem seguro ou qualquer acordo internacional, passem a assumir os custos dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde
A série de entrevistas da RTP aos candidatos presidenciais já permite tirar uma primeira conclusão: André Ventura foi o candidato que mais espetadores atraiu, segundo dados divulgados pela RTP ao Observador, que avançou os números.
As celebrações dos 50 anos da independência de Angola acabaram em faísca diplomática. João Lourenço chamou os portugueses de “esclavagistas e exploradores” e Marcelo ficou calado na primeira fila. Ventura não perdoou: exige um pedido de desculpa “ao povo português” e acusa o Presidente da República de assistir “a uma humilhação em silêncio”
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que prevê uma isenção alargada do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para habitação própria e permanente, introduzindo novas condições de acesso ao benefício fiscal