Ciberataque compromete dados de dezenas de milhares de habitantes de Helsínquia

A cidade de Helsínquia foi alvo de um ataque informático que pode ter comprometido os dados de até 80 mil estudantes e 40 mil funcionários municipais, indicou hoje a autoridade encarregada da cibersegurança da Finlândia.

© D.R.

 

Uma rede de dados utilizada pelo departamento de Educação da cidade, que supervisiona desde a primeira infância até ao ensino secundário em Helsínquia, foi alvo de um ciberataque a 30 de abril, declarou Jussi Eronen, um responsável do Centro Nacional de Cibersegurança finlandês.

“Trata-se de um dos maiores ataques informáticos a cidades finlandesas”, acrescentou Eronen, cujos serviços prestam assistência aos organismos afetados.

Aproveitando-se de uma vulnerabilidade do servidor ligado a esta rede, os atacantes conseguiram aceder aos nomes, endereços de correio eletrónico e números de identificação dos alunos, dos seus representantes legais e dos funcionários das escolas da capital.

Obtiveram igualmente os nomes de utilizadores e endereços de correio eletrónico de todos os funcionários municipais, indicou na segunda-feira a câmara de Helsínquia num comunicado.

“É uma violação de dados muito grave, que poderá ter consequências nefastas para os nossos clientes e para o nosso pessoal”, declarou o diretor de serviços da câmara da capital finlandesa, Jukka-Pekka Ujula.

“Alguns documentos contêm informações pessoais confidenciais ou sensíveis”, como atestados médicos ou baixas por doença, segundo a autarquia.

“Não podemos excluir a hipótese de o autor do ataque ter tido acesso a dados de pessoas abrangidos por ordens de não-divulgação”, referiu ainda a cidade no comunicado.

A identificação do autor do ataque poderá levar dias ou mesmo meses, de acordo com Eronen.

Este ciberataque ocorreu no dia da condenação de um homem a mais de seis anos de prisão por ter pirateado dezenas de milhares de processos de doentes seguidos em psicoterapia na Finlândia.

Últimas do Mundo

Milhares de filipinos reuniram-se hoje em Manila para iniciar uma manifestação de três dias anticorrupção, enquanto a Justiça investiga um alegado desvio de milhões de dólares destinados a infraestruturas inexistentes ou defeituosas para responder a desastres.
Várias pessoas morreram hoje no centro da capital sueca, Estocolmo, atropeladas por um autocarro num incidente que provocou também vários feridos, afirmou a polícia sueca em comunicado.
A liberdade na Internet em Angola e no Brasil continuou sob pressão devido a restrições legais, à repressão à liberdade de expressão e a campanhas para manipular narrativas políticas, segundo um estudo publicado hoje.
Os Estados Unidos adiaram hoje, pela segunda vez, o lançamento de dois satélites que vão estudar a interação entre o vento solar e o campo magnético de Marte, proporcionando informação crucial para futuras viagens tripuladas ao planeta.
Após os ataques em Magdeburgo e Berlim, os icónicos mercados de Natal alemães estão sob alerta máximo. O governo impôs medidas antiterrorismo rigorosas e custos milionários, deixando cidades e organizadores em colapso financeiro.
Um relatório do Ministério do Interior alemão revela que suspeitos sírios estão associados a mais de 135 mil crimes em menos de uma década. A AfD aponta o dedo ao governo de Olaf Scholz e exige deportações imediatas.
O aumento da temperatura global vai ultrapassar o objetivo de 1,5 graus centígrados no máximo numa década em todos os cenários contemplados pela Agência Internacional de Energia (AIE), relatório anual de perspetivas energéticas globais, hoje publicado.
A Ryanair deve abster-se de impedir o embarque de passageiros, com reserva confirmada, que não sejam portadores do cartão digital, bem como de impor taxas pela utilização do cartão físico, determinou a ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil.
O Governo ucraniano afastou hoje o ministro da Justiça, depois de este ter sido implicado num alegado esquema de cobrança de comissões na empresa nacional de energia atómica, revelado na segunda-feira pela agência anticorrupção do país.
Pelo menos 27 pessoas morreram e 3,6 milhões foram afetadas pela passagem do supertufão Fung-wong nas Filipinas no domingo, informaram hoje as autoridades locais.