Descentralização de competências na saúde é a área com “mais distorções”

O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) afirmou hoje que a descentralização de competências na área da saúde é a que apresenta "mais problemas e distorções" e que na educação ainda há questões por resolver.

© D.R.

“Na área mais antiga que é a educação, ainda há questões para resolver, nomeadamente défices financeiros. Aquela que tem uma ambiência mais tranquila é a ação social e aquela onde vamos tendo notícia de mais problemas, mais distorções, que também é aquela onde os municípios estão há menos tempo, é a área da saúde”, apontou Ribau Esteves.

No final da reunião do conselho diretivo, que decorreu durante a manhã de hoje em Coimbra, o vice-presidente da ANMP sublinhou que o atual governo se comprometeu a resolver os problemas relacionados com a transferência de competências.

“Aquilo que o senhor ministro afirmou foi um dos compromissos que assumiu connosco, porque nós levámos um cadastro das disfunções que existem: algumas questões em termos legislativos, outras que vamos aprendendo da operação que está em curso. As questões dos défices financeiros nas três áreas mais densas”, referiu.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, afirmou, na segunda-feira, que o tempo é “de consolidação” da descentralização, considerando necessário corrigir “eventuais distorções” do processo e atualizar dados para calcular as transferências para os municípios.

De acordo com Ribau Esteves, a ANMP já tem reuniões agendadas com membros do governo, que manifestaram “total disponibilidade” para encontrar soluções para as “questões pendentes”.

“A nossa primeira é com uma área muito importante, onde várias pendências muito complexas existem, na área da água, dos resíduos, da energia. Estamos obviamente a falar do Ministério do Ambiente e da Energia e temos a nossa reunião marcada com a senhora ministra para o dia 11 de junho”, informou.

A reunião do conselho diretivo da Associação desta manhã serviu ainda para dar conta da reunião “muito informativa” mantida com a nova secretária da Habitação.

“Precisava muito de informação e nós carreámos, além de o termos feito na reunião, foi imediatamente um documento com aquilo que foram os muitos contributos que a Associação deu no debate e na construção do pacote Mais Habitação com o Governo anterior e que ela desconhecia”, alegou.

À nova secretária de Estado da Habitação chegou a posição da ANMP sobre alojamento local, que defende que cabe aos municípios decidirem nesta matéria.

“Nós defendemos que quem tem de decidir se há disponibilidade para mais ou quais são as zonas do município que devem acolher ou não. Entendemos que isto só pode ser uma decisão municipal para ser bem decidido. Estar a tratar destas matérias em legislação nacional não faz qualquer sentido”, concluiu.

Últimas do País

Um homem de 38 anos indiciado pela prática de um crime de roubo qualificado e diversos furtos, foi detido pela PSP de Coimbra e, após ter sido presente a tribunal, ficou em prisão preventiva, anunciou hoje aquela polícia.
Cerca de 95% dos portugueses respondeu “não” à pergunta "Concorda com o aumento dos salários dos políticos?", contra 5% que respondeu “sim”.
O diretor dos Serviços de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz, afirmou hoje que "há ataques provenientes de atores estatais que têm por objetivo a soberania de Portugal", e que pretendem "a recolha de informação confidencial".
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) denunciou hoje que há uma tentativa de atribuição automática de utentes sem médico de família a clínicos que já atingiram o limite de beneficiários nas suas listas.
A PSP deteve hoje três pessoas numa operação que às 08:00 ainda decorria em bairros de Oeiras e Amadora, distrito de Lisboa, no âmbito dos tumultos que se seguiram à morte de Odair Moniz no bairro da Cova da Moura.
As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores registam este ano os maiores aumentos nas iluminações de Natal e 13 das 16 capitais de distrito vão gastar verbas superiores às despendidas em 2023.
Os médicos devem apresentar “escusas de responsabilidade” sempre que se deparem com “equipas insuficientes” e “sem condições de trabalho”, defendeu hoje a FNAM, que também decidiu o prolongamento da greve às horas extraordinárias nos centros de saúde.
O abandono escolar, as limitações da ação social ou o acesso ao ensino superior serão debatidos este fim-de-semana por associações de estudantes de todo o país, que no final apresentarão propostas de alteração às atuais políticas públicas.
Uma tentativa de assalto falhada a uma gasolineira em Vila Real causou, esta madrugada, um morto e feriu gravemente um militar da GNR, que tentou impedir o crime, disseram fontes da Proteção Civil e da Guarda à Lusa.
A Frente Cívica alertou para a existência de muito mais riscos de corrupção em Portugal com o aumento das verbas da União Europeia.