PSP instaurou 43 processos a polícias que estiveram no Capitólio

A PSP instaurou 43 processos disciplinares a polícias que participaram na concentração espontânea realizada em fevereiro junto ao Capitólio, em Lisboa, durante o debate eleitoral para as eleições legislativas, indicou hoje à Lusa aquela polícia.

© Facebook/PSP

Numa resposta enviada à agência Lusa, a Polícia de Segurança Pública refere que instaurou um processo de inquérito para apurar o eventual envolvimento de polícias no protesto, cuja realização não foi comunicada, bem como a responsabilidade disciplinar.

“Em resultado do referido processo de inquérito foi determinada a instauração de 43 processos disciplinares a correr termos em vários comandos territoriais da PSP, os quais ainda se encontram em instrução”, indica a PSP.

Além da abertura deste processo de inquérito, a PSP comunicou ao Ministério Público (MP) a realização do desfile e concentração não autorizados junto ao cineteatro Capitólio, obrigando ao corte inopinado de várias ruas de Lisboa.

Numa resposta enviada hoje à Lusa, a Procuradoria-Geral da República refere que o MP arquivou o inquérito para apurar responsabilidades na manifestação das forças de segurança.

A 19 de fevereiro, centenas de polícias concentraram-se junto ao cineteatro Capitólio, onde estava a decorrer um debate entre os dois principais candidatos a primeiro-ministro nas legislativas de 10 de março, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, depois de uma concentração que juntou na Praça do Comércio cerca de 3.000 elementos da PSP e da GNR.

Esta concentração na Praça do Comércio estava autorizada e foi organizada pela plataforma que congrega os sindicatos da PSP e associações da GNR.

O protesto junto ao Capitólio foi marcado nas redes sociais pelo ‘movimento inop’ e não teve a participação da plataforma, sendo também através daquelas redes que foram lançadas todas as diretrizes que os polícias deviam seguir.

Na altura, os elementos da PSP e da GNR estavam em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, uma reivindicação que ainda se mantém, uma vez que o atual Governo ainda não chegou a acordo com os sindicatos da PSP e associações da GNR sobre um novo suplemento da missão.

A notícia sobre o arquivamento do inquérito ao “cerco do Capitólio”, nome pela qual ficou conhecida a manifestação das forças de segurança, foi avançada hoje pelo jornal Público.

Últimas do País

O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) afirmou hoje que a descida de casos de cancro em 2022 reflete uma normalização estatística, após os atrasos nos diagnósticos provocados pela pandemia, alertando que a tendência é de aumento.
associação que representa os médicos tarefeiros disse hoje que as urgências hospitalares só funcionam graças ao trabalho dos referidos de serviço e determinadas que o atual modelo assenta num modelo de “exploração silenciosa”.
A atividade gripal continua a manter elevada a pressão sobre os serviços de saúde do Médio Tejo, com destaque para a urgência do Hospital de Abrantes, havendo oito doentes em cuidados intensivos, cinco dos quais devido a infeção respiratória e três com gripe A, e nenhum deles vacinado.
A bilhética integrada com Cartão de Cidadão, que visa simplificar e unificar o acesso aos transportes públicos, permitindo utilizar diversos modos de transporte com uma só identificação, estará concluída na segunda metade de 2027.
As seguradoras contabilizaram um montante total de 31 milhões de euros em danos provocados pela Depressão Cláudia, que atingiu Portugal em novembro, segundo dados divulgados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
Cerca de 1,7 milhões de pessoas continuam a viver em Portugal abaixo do limiar da pobreza, das quais cerca de 300 mil são crianças, apesar de o risco de pobreza ter descido, em 2024, para o valor mais baixo dos últimos 20 anos.
Nova presidente, novo vice-presidente e ordenados reforçados. O Governo reclassificou o Metro de Lisboa para a categoria A e alinhou os salários da administração com os da CP e com o do primeiro-ministro.
A empresa municipal Carris vai reforçar as carreiras de autocarros na noite da passagem de ano em Lisboa, que se celebrará no Terreiro do Paço, enquanto o metro encerrará no horário habitual, às 01h00, revelou hoje a câmara.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) admitiu hoje que “não há hipóteses” de alteração dos boletins para as eleições presidenciais e indicou que eventualmente votos em candidaturas rejeitadas serão considerados nulos.
A festa de passagem de ano no Terreiro do Paço, em Lisboa, vai ter um dispositivo de segurança “muito robusto”, com revistas nos seis pontos de entrada do recinto, que abre às 19h30 de quarta-feira, revelou hoje a PSP.