Marcelo condiciona Parlamento e quer bloco central

Até para o Presidente da República, um Governo à Esquerda é melhor do que o CHEGA

Sitio da Presidência da Republica Portuguesa

Marcelo Rebelo de Sousa constatou que um possível chumbo do Orçamento do Estado de 2025 deverá, inevitavelmente, abrir “uma crise política” nacional.

Durante o almoço das comemorações dos 40 anos da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, em Coimbra, o Presidente da República considera que o chumbo do OE2025 “estraga por completo o ano de 2025” decisivo na aplicação, por exemplo, do PRR e também do Portugal2030, e se “valeu a pena ter havido um Orçamento aprovado para este ano, também é importante que o Orçamento do próximo ano possa, na altura devida, ser ponderado e aprovado. Isso é muito, muito prioritário”.

Contudo, para o presidente do CHEGA, em abril, o Governo deveria apresentar um orçamento retificativo “em nome da mudança e da reforma” e “em nome de Portugal”, após a polémica do alívio fiscal de Montenegro, em abril. Esta segunda-feira, Ventura entende que as “condições políticas do limite fiscal ainda não estão reunidas”.

Desde que o Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial, no programa da SIC “Expresso da Meia-Noite”, em abril, reconheceu o desencontro entre os 1.500 milhões de euros de alívio fiscal anunciados e o corte de cerca de 200 milhões no IRS que serão realmente da responsabilidade do Governo social-democrata e que não estavam já previstos pelo orçamento socialista, que André Ventura assegurou que “o escrutínio do partido sobre as propostas do PSD será mais acirrado, começando com a análise do Programa de Estabilidade e do Orçamento, seja com ou sem retificativo”.

Na perspetiva de Ventura, a direita apresentou-se a estas eleições com uma promessa de aliviar a carga fiscal, e “a vitória esmagadora que quer o CHEGA quer o PSD conseguiram nestas eleições” pode, afinal, não ser usada para o cumprimento daquela promessa.

Pouco mais de um mês depois, o líder do CHEGA entende “que ainda não estão reunidas as condições políticas do limite fiscal que o Governo fechou”.  

“Sugerimos que o Governo não se precipite. Vamos continuar a trilhar o caminho de beneficiar quem ganha menos e não quem ganha mais”, acrescenta e arremata: “Se o Governo insistir em estabelecer prazos e a fechar diálogos, da nossa parte, não irá acontecer”.

Últimas de Política Nacional

A publicação hoje em Diário da República do mapa oficial com os resultados das eleições legislativas de 18 de maio determina que a primeira reunião da Assembleia da República da nova legislatura se realize na terça-feira, 03 de junho.
O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou esta noite que as próximas autárquicas serão uma "prova de fogo" e que o partido tem a "obrigação de ganhar" em várias autarquias e freguesias.
O Tribunal de Contas (TdC) condenou três funcionários da Câmara de Pedrógão Grande por infrações financeiras, no caso relativo ao desvio de dinheiro do município, segundo a sentença à qual a Lusa teve hoje acesso.
O objetivo é simples: perceber quanto dinheiro é gasto independentemente da sua natureza, em cada ministério. A sua implementação? O início da legislatura.
De 58 passaram a 60 deputados, depois de eleger dois novos deputados pelos círculos Fora da Europa e da Europa, ultrapassando o PS que não elegeu nenhum. “Obrigado e parabéns a todos nós!”
O presidente do CHEGA, André Ventura, classificou hoje como “uma patetice” o candidato à liderança socialista José Luís Carneiro considerar que o PS se mantém como segunda força política por ter mais votos do que o CHEGA.
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que o partido não vai acompanhar a moção de rejeição do programa do próximo governo anunciada pelo PCP, considerando que uma nova crise política “é indesejável”.
Henrique Gouveia e Melo, antigo chefe do Estado-Maior da Armada e ex-coordenador da ‘task force’ da vacinação contra a covid-19, apresenta hoje, em Lisboa, a sua candidatura à Presidência da República.
"Esta vitória prova que os emigrantes estão cansados de serem esquecidos por PS e PSD, e reconhecem que só o CHEGA os defende com coragem, com verdade e com determinação”, disse André Ventura.
O CHEGA vai propor uma alteração à Lei de Enquadramento Orçamental para obrigar os governos a apresentar o valor estimado de "desperdício, de desvio e de fraude" em cada ministério.