“Não há nenhuma crise de liderança no Benfica. Não há vazios ou ausência de decisão. Assumimos as nossas responsabilidades e temos um projeto para o futuro deste clube. Não viro as costas, nem fujo às minhas obrigações. Eu respondo por mim e pela minha equipa, mesmo por aqueles que decidiram sair. Nós vamos voltar a vencer no futebol e continuar a vencer nas modalidades. O Benfica vai permanecer como o clube mais vencedor em Portugal, como tem sido nas duas últimas épocas”, salientou o dirigente.
Em discurso aos associados presentes na assembleia-geral ordinária do Benfica, que foi deslocada para o Estádio da Luz devido à grande afluência de pessoas, Rui Costa frisou a vertente desportiva, no qual as ‘águias’ conquistaram, na última temporada, oito em 12 campeonatos, no futebol e modalidades de pavilhão, com seis em 12 nesta época, na qual ainda estão na luta para vencerem no hóquei em patins, masculino e feminino.
“Mais uma vez, o dobro dos nossos adversários em conjunto e, afinal, parece que, no Benfica, tudo está mal e tudo precisamos de mudar. Exigência e ambição, sim. Mas não nos podemos autodestruir. Temos também de saber valorizar o que ganhámos. Já chegam todos os que nos querem abater pela grandeza e por ser quem somos”, disse.
Do lado de fora do Estádio da Luz foram audíveis vários assobios e alguns pedidos de demissão à direção dos ‘encarnados’ durante o discurso de Rui Costa, que foi tocando em vários pontos da atualidade do clube, com agradecimentos à enorme participação.
“Podemos discutir política desportiva, podemos criticar e debater a estratégia do clube e discutir a minha liderança, mas não posso admitir que coloquem em causa o caráter e a seriedade de quem aqui está”, atirou o ex-futebolista, que alegou ter feito questão de que os sócios discutissem os estatutos e acedessem à auditoria antes desta reunião magna, “num sentido democrático e com a transparência que o Benfica exige”.
Em relação ao orçamento hoje discutido na assembleia-geral, Rui Costa considerou-o “ambicioso” e a privilegiar a vertente desportiva, embora de uma maneira equilibrada.
“É um orçamento ambicioso, que mais uma vez privilegia a vertente desportiva e que pretende apetrechar as nossas equipas das melhores condições para ganharem. Ainda assim, este trata-se de um orçamento equilibrado e responsável, que reforça a robusta situação económica e financeira que nós soubemos construir. É também um reflexo da estratégia que seguimos e que queremos para o futuro do nosso Benfica. Queremos um Benfica cada vez mais vitorioso”, explicou o líder das ‘águias’, no cargo desde 2021.
Rui Costa reforçou ainda que o Benfica “não aceita receber menos do que atualmente e não sairá prejudicado com a centralização dos direitos televisivos”, adiantando que o clube tem procurado “informar os sócios de tudo”, em matéria de transparência e boas práticas.