O povo português, por vezes, entra num tipo de sonambulismo anacrónico, muito por culpa dos políticos e das suas máquinas de propaganda, que ora ao centro com o PSD, sim, porque o PSD nunca foi de direita, ora com o PS e a sua poderosa máquina de comunicação.
Foi assim com as bancarrotas de Soares, que acabou como Presidente da República, foi assim com Guterres e o seu ‘pântano’, atualmente aclamado Secretário-Geral da ONU, e não tenho dúvidas, se Sócrates se candidatasse a Presidente da República teria um excelente resultado.
O tempo tudo faz esquecer, sobretudo quando as máquinas de propaganda, sobretudo do PS, trabalham para re- escrever a história, com os seus ‘trolls’ de serviço (comentadores políticos e a comunicação social ‘mainstream’). Andamos neste tipo de sonambulismo há 50 anos, invertendo valores, esquecendo os que não podíamos esquecer, como os ex-combatentes, os expatriados de uma descolonização mal feita e feita à pressa em que socialistas, como Mário Soares e Almeida Santos, tiveram uma boa quota de responsabilidades.
É aquele “país ao contrário” que André Ventura tantas vezes alerta: um país que esqueceu quem garante o Esta- do de Direito, como as nossas Forças de Segurança e as nossas Forças Armadas, que esqueceu bombeiros e que deixou idosos a viver com pensões miseráveis.
Num último capítulo de sonambulismo, eis que António Costa, o grande ilusionista, após estar no centro de um caso no mínimo estranho, é obrigado a demitir-se de primeiro-ministro. Um homem hábil na arte do sonambulismo, que depois de um dos maiores escândalos de corrupção da história do país, é indicado para um cargo de topo na UE. Tudo isto acontece, como sempre, com o apoio e muleta do PS em 50 anos da nossa democracia, o PSD, que num sistema viciado sempre dividiram ‘tachos e tachinhos’ entre si. É esta clarividência e coragem na luta contra a corrupção, a oligarquia de Estado, o ‘amiguismo’ e a cunha, que fez do CHEGA, a única esperança para efetivar uma verdadeira mudança e acordar Portugal de uma vez por todas deste sonambulismo que nos mata como povo e como nação.