Assistimos no decurso da última semana, ao nascimento de um novo Grupo Europeu, denominado de “Patriotas pela Europa” e ao qual o Partido CHEGA aderiu logo na primeira hora. Afinal o que é que isto representa e quais, em linhas gerais, foi o propósito por trás da sua constituição?
A direita no Parlamento Europeu tem vivido fragmentada entre dois grupos principais – ID Identidade e Democracia e ECR Conservadores e Reformistas – pelas dificuldades desses grupos se unirem, por múltiplas razões, muitas delas ligadas a questões geopolíticas e geoestratégicas que seriam difíceis de explicar no breve texto de um editorial. Era assim necessário criar um terceiro grupo, que expurgasse algumas dessas questões e permitisse, a seu tempo, vir a gerar unidade.
Ora, o projecto começa logo bem: Apresentado pelos partidos Fidesz da Hungria (não inscrito), ANO da Chéquia, vindo do grupo dos Liberais, e FPO da Áustria chegado do ID, logo seguido pelo CHEGA, pelo Rassemblement National de França, pela Lega Itália de Matteo Salvini, pelo VOX que pertencia ao ECR e por uma sequência de outros partidos que somam até ao momento, 84 eurodeputados. De notar que o objectivo de unir a direita se começa a concretizar, sendo já, duas semanas após o seu lançamento, a terceira força política do Parlamento Europeu e com tendência de crescimento. Importa salientar que, tendo sido atribuída a presidência dos Patriotas pela Europa ao Rassemblement National, na pessoa do seu presidente e deputado europeu Jordan Bardella, fica também o CHEGA representado ao mais alto nível, obtendo uma das vice-presidências, o que nos enche de orgulho por sermos já parte fundamental da expressiva mudança que ocorre na União Europeia, que pretendemos mais soberanista e menos federalista na sua tendência. Foram assim lançadas as bases que permitirão a expressão da direita, num parlamento essencialmente socialista e social-democrata/democrata cristão que têm, nas suas linhas fundamentais sido cópia fiel um do outro, acabando com o socialismo, o globalismo exacerbado, o progressismo forçado, a abusiva agenda climática e a corrupção.