Ações dos CTT caem quase 12% depois de quebra de lucro no semestre

As ações dos CTT estavam hoje a cair quase 12%, um dia depois de os Correios de Portugal terem divulgado uma quebra de 24% do resultado líquido para 19,8 milhões de euros no primeiro semestre.

© CTT Image Archive

Cerca das 14:26, os títulos dos CTT deslizavam 11,9% para 4,13 euros, valor que tinha atingido em 28 de março deste ano.

De acordo com os CTT, “o resultado líquido atingiu 19,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, menos 6,2 milhões de euros face ao primeiro semestre de 2023”.

Os rendimentos operacionais ascenderam a 524,3 milhões de euros, mais 9,1% em termos homólogos, e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) caiu 11,6% para 70,8 milhões de euros.

No período em análise, os rendimentos operacionais dos serviços financeiros atingiram 11,1 milhões de euros, uma quebra de 34,9 milhões de euros que um ano antes, sendo que “este desempenho desfavorável, quando comparado com o período homólogo, advém do comportamento dos títulos de dívida pública”, referiram os Correios de Portugal, no comunicado dos resultados.

No primeiro semestre de 2023 “os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”.

Entretanto, “a alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.

“Perspetiva-se que uma possível futura alteração das condições de comercialização venha a aumentar a subscrição deste produto”, adiantam os CTT.

Últimas de Economia

Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ultrapassaram a barreira dos 10.000 milhões de euros na última semana, com as empresas a manterem-se na liderança, segundo o último relatório de monitorização.
O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou 9.400 milhões de euros em setembro face a agosto, para 866.400 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O International Airlines Group (IAG) entregou à Parpública uma declaração de interesse no processo de privatização da TAP, anunciou hoje o grupo dono da British Airways e da Iberia, um dia antes do final do prazo definido.
O montante investido em certificados de aforro voltou a aumentar em outubro, em termos homólogos, para 39.387 milhões de euros, um crescimento de 15,4% em termos homólogos, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A intensidade energética da economia situou-se em 3,7 MJ/euro em 2023, traduzindo uma redução de 6,4% face a 2022, o resultado mais baixo da série disponível, anunciou hoje o Instituto Nacional e Estatística (INE).
O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.