Missão do CHEGA para novo ano político é “vencer Portugal”

O presidente do CHEGA, André Ventura, disse que a ambição para o novo ano político é "vencer Portugal", repetindo a vitória das últimas legislativas no distrito de Faro, ao discursar na rentrée do partido, na quinta-feira, em Olhão.

© Folha Nacional

“No início deste ano político, a nossa ambição tem de ser agora maior do que nunca, tem de ser a ambição clara de vencer Portugal, sairmos daqui com o espírito que a vitória aqui nos trouxe, mas sabermos que, para mudar a vida dos nossos conterrâneos, para mudar este país verdadeiramente, vamos ter que o vencer, que o que aconteceu no Algarve se espalhe pelo país inteiro e nos dê uma grande vitória nas próximas eleições, quando quer que elas sejam”, afirmou André Ventura.

O presidente do CHEGA garantiu que, quando as eleições chegarem, o partido vai estar “pronto para as ganhar” e apontou motivos que o levam a querer ter força para mudar a política do país, como a divisão de lugares no aparelho do Estado entre PS e PSD, a imigração ou a corrupção.

“Vamos começar um novo ano político mas não podemos esquecer o que aconteceu neste último ano político e o que aconteceu, e que passou de Portugal para além fronteiras, foi um dado muito claro e evidente, o dado de que o bipartidarismo acabou em Portugal”, considerou.

André Ventura criticou PSD e PS, que disse serem “dois partidos ancorados ao sistema e repartindo as benesses do sistema”, e deu o exemplo da eleição do presidente da República, Aguiar Branco, ou o apoio do Governo à escolha do ex-primeiro-ministro António Costa para presidente do Conselho Europeu.

“Portugal nunca teve tantos assessores, tantos cargos políticos e tantos cargos diretivos como em julho deste ano de 2024. O mesmo Governo que concordou com o CHEGA que era preciso cortar nestas benesses injustificadas e nesta despesa à volta do erário público, é o Governo que se permite estar em funções com o maior número de assessores, de cargos políticos e dirigentes da história”, exemplificou.

O presidente do CHEGA conclui que, assim, “não há quem à direita possa dizer em consciência que viabilizará qualquer orçamento do Estado”, e voltou a focar o tema da imigração, insistindo na realização de um referendo para saber se os portugueses querem impor controlo à imigração em Portugal.

“Este partido nunca foi contra os imigrantes. Nunca tivemos em nós nenhuma lógica de perseguição, porque isso é estruturalmente contra a nossa matriz cristã de abordar os problemas de Portugal. Não. Mas nós sabemos uma coisa. Sabemos que não há país que resista a portas completamente escancaradas. Que não há país que resista a não ter portas nem janelas. E uma casa que não as tem deixa de ser uma casa, passa a ser um terreno a céu aberto”, considerou

Ventura garantiu que o objetivo do CHEGA não é ter um país que persiga pessoas, de outras nacionalidades, mas sim ter “um país onde haja lei, ordem e critério” e que “não seja a República das Bananas no acesso aos seus serviços sociais e públicos”.

“A história mostra muitas coisas sobre quem ganha e quem perde. Mas mostra-nos uma coisa também, que no fim ganha quem persiste, que no fim ganha quem tem convicções que vão para além da espuma dos dias, que vão para além da onda que passa e que gera maiorias ou minorias. Eu, André Ventura, tenho a certeza de uma coisa, tenho a certeza que nenhum país sobrevive, nem sobreviverá, se com a dimensão que Portugal tem, permitir e continuar a permitir a entrada indiscriminada de pessoas, seja qual for a sua origem, para se dispersar pelo território nacional de forma absolutamente desorganizada e de forma absolutamente abrupta”, argumentou.

Últimas de Política Nacional

A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.
André Ventura deixou claro que não está disposto a ceder no que entende serem valores essenciais, assegurando que não prescinde do seu direito à liberdade de expressão nem aceita qualquer imposição que limite a sua voz política.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje solicitar à Comissão de Transparência a abertura de um inquérito por "eventuais irregularidades graves praticadas" pela deputada do BE Mariana Mortágua por um gesto dirigido a Paulo Núncio.
André Ventura enfrenta hoje a Justiça por causa de cartazes de campanha que defenderam que 'Os ciganos têm de cumprir a lei'. O líder do CHEGA responde em tribunal num processo que volta a colocar frente a frente liberdade de expressão, discurso político e os limites da lei.
Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.
O tenente-coronel Tinoco de Faria, que abandonou a sua candidatura a Belém e declarou apoio a André Ventura, passa agora a assumir um papel central na campanha do líder do CHEGA, como mandatário nacional.
Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.