Rússia e Ucrânia trocam 230 prisioneiros de guerra com mediação dos Emirados Árabes Unidos

A Rússia e a Ucrânia trocaram hoje 230 prisioneiros de guerra, 115 de cada lado e, no caso dos russos, são soldados que foram capturados durante incursões ucranianas na região russa de Kursk.

© D.R.

“No final de um processo de negociação, 115 militares russos capturados na região de Kursk foram devolvidos do território controlado pelo regime de Kiev. Em troca, foram entregues 115 prisioneiros de guerra das forças armadas ucranianas”, afirmou o Ministério da Defesa russo num comunicado.

Os 115 prisioneiros russos libertados encontram-se atualmente na Bielorrússia, onde são submetidos a análises médicas e psicológicas.

A nota oficial do Ministério russo especificou que a troca foi possível graças à mediação humanitária dos Emirados Árabes Unidos, que já tinha mediado trocas de prisioneiros em ocasiões anteriores.

De acordo com canais da rede social Telegram e ‘bloggers militares’, os prisioneiros russos são recrutas que estavam a prestar serviço militar quando as tropas ucranianas entraram em Kursk, em 06 de agosto.

O facto de muitos dos detidos serem recrutas provocou a indignação das suas mães e das organizações de defesa dos direitos humanos.

A vigilância da fronteira russa é da responsabilidade do Serviço Federal de Segurança, mas dada a sua incapacidade para garantir a sua segurança, o Ministério da Defesa criou três novos grupos militares nas regiões de Kursk, Belgorod e Bryansk.

A guerra na Ucrânia completa hoje dois anos e meio sem que o exército russo tenha ainda conseguido expulsar as tropas inimigas da região de Kursk.

Na Ucrânia, pelo menos cinco civis morreram e outros cinco ficaram feridos hoje na sequência de um ataque russo contra a cidade de Kostiantinivka, perto da frente de Donetsk, segundo informaram as autoridades da região oriental da Ucrânia.

A invasão russa ao território ucraniano aconteceu em 24 de fevereiro de 2022.

Últimas de Política Internacional

O Parlamento Europeu (PE) reconheceu hoje Edmundo González, principal opositor ao regime de Nicolas Maduro, como o Presidente legítimo do país, com o voto contra da esquerda representada no hemiciclo.
O Governo da Hungria reiterou hoje que vai solicitar formalmente o pedido de exceção à aplicação do Pacto de Migração e Asilo da União Europeia, tal como os Países Baixos.
A Autoridade da Concorrência defendeu hoje em tribunal que, após a decisão "cristalina" da Justiça europeia, devem ser confirmadas as coimas superiores a 200 milhões de euros aplicadas aos bancos por troca de informação sobre créditos.
O novo Governo neerlandês, dominado pela direita radical, pediu hoje à União Europeia uma isenção das obrigações em matéria de migração para cumprir a promessa eleitoral de reduzir drasticamente o número de imigrantes nos Países Baixos.
A crescente contestação de resultados e o contínuo decréscimo da participação está a ameaçar a credibilidade dos processos eleitorais, alerta o mais recente Relatório Global sobre o Estado da Democracia, publicado hoje.
A Alemanha iniciou hoje o reforço de todas as fronteiras terrestres, cumprindo as novas medidas do Governo de Olaf Scholz para reduzir a chegada de imigrantes e conter "eventuais riscos de supostos extremistas islâmicos".
O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, demitiu-se hoje do cargo após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter alegadamente pedido que França propusesse outro candidato no novo mandato, e criticou a sua “liderança questionável”.
Donald Trump encontra-se em segurança, informou hoje a sua campanha e os serviços secretos norte-americanos, na sequência do registo de tiros nas imediações do seu campo de golfe, em West Palm Beach, na Florida.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, qualificou hoje o regime venezuelano de Nicolás Maduro de ditatorial, aludindo às detenções arbitrárias e à fuga do líder da oposição, Edmundo González Urrutia.
O primeiro-ministro da Austrália criticou hoje o proprietário da multinacional X por ter chamado "fascista" ao seu governo, depois de este anunciar uma proposta de lei para que as redes sociais paguem multas se não controlarem a desinformação.