Três polícias israelitas mortos na Cisjordânia, ministro defende “tiro na cabeça” a “terroristas”

Três polícias israelitas, incluindo uma mulher, foram hoje mortos num “ataque armado” no sul da Cisjordânia ocupada, anunciou o comandante da polícia israelita neste território palestiniano onde o exército israelita conduz uma vasta operação “antiterrorista”.

© Facebook de Ben Gvir

 

O major Ouzi Levy falou à imprensa ao lado do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, um colono de direita radical.

“Em vez de libertarmos os terroristas, devíamos dar-lhes um tiro na cabeça”, afirmou Ben Gvir, de acordo com a agência AFP.

“O direito à vida (dos israelitas) é mais importante do que a liberdade de circulação dos habitantes sob o controlo da Autoridade Palestiniana”, acrescentou o ministro, que apoia a anexação de toda a Cisjordânia.

Duas das vítimas tinham cerca de 30 anos, enquanto a terceira, um homem de cerca de 50 anos, sucumbiu aos ferimentos, informou o Magen David Adom, o equivalente israelita da Cruz Vermelha.

Na sexta-feira à noite, dois ataques de palestinianos tinham já visado colonatos judeus na mesma região.

Desde o início da guerra entre Israel e a Faixa de Gaza, que foi lançada em resposta ao ataque do Hamas contra Israel em 07 de outubro, a violência aumentou na Cisjordânia, onde cerca de 490.000 israelitas vivem em colonatos entre três milhões de palestinianos.

Segundo a ONU, cerca de 650 palestinianos foram mortos pelo exército israelita ou por colonos desde 07 de outubro.

Pelo menos 23 israelitas, incluindo soldados e polícias, morreram em ataques palestinianos ou em operações do exército, de acordo com os números oficiais israelitas.

Desde quarta-feira, o exército israelita tem feito incursões em várias cidades e campos de refugiados no norte da Cisjordânia.

Pelo menos 22 palestinianos foram mortos nesta “operação antiterrorista”, quer por ataques aéreos, quer por tiros ou combates, na sua maioria combatentes de grupos armados palestinianos que lutam contra Israel, liderados pelo Hamas e pelo seu aliado Jihad Islâmica.

Últimas do Mundo

O governo ucraniano e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram hoje a acordo relativamente à quinta revisão do programa de ajuda em vigor, abrindo a porta ao pagamento de uma nova tranche de 99,6 mil milhões de euros.
O juiz do Tribunal Supremo de Espanha que tutela o caso do independentista Carles Puigdemont reiterou hoje a recusa de amnistia para o político catalão, numa decisão que pode ser objeto de recurso.
A marinha senegalesa intercetou duas pirogas que transportavam 421 migrantes ilegais, um dia depois do drama migratório que causou nove mortos a caminho da Europa, informou a autoridade marítima na segunda-feira à noite.
O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) confirmou hoje a multa de 2,4 mil milhões de euros à Google por abusar da posição dominante e ter favorecido o próprio serviço em detrimento de outros.
Um menino de dois anos foi esfaqueado mortalmente pelo irmão de seis anos na sua casa, em Joliet, no Estado de Illinois, a sudoeste de Chicago, anunciou hoje a polícia.
A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, cujo país preside ao G7 este ano, assegurou hoje ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a centralidade do apoio à Ucrânia no grupo das sete democracias mais poderosas.
A polícia da Indonésia anunciou a detenção de sete pessoas suspeitas de planearem um ataque ao papa durante a visita de Francisco ao país, que terminou na sexta-feira.
O pai do adolescente acusado de abrir fogo numa escola secundária no estado norte-americano da Geórgia (sudeste), e de matar quatro pessoas, foi acusado de permitir que o filho possuísse uma arma, disseram as autoridades.
Quase 1,6 milhões de venezuelanos receberam assistência da ONU, entre janeiro e julho de 2024, através de diferentes organizações locais e internacionais, segundo um relatório divulgado hoje pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
O Uruguai decidiu na segunda-feira juntar-se a seis países que pediram ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar a alegada responsabilidade do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em crimes contra a humanidade.