CHEGA pede debate na AR com Governo sobre “o que correu mal”

O CHEGA anunciou hoje que pediu o agendamento, para data a definir, de um debate com o Governo no parlamento sobre "o que correu mal" no combate aos incêndios e exigir mudanças na liderança da Proteção Civil.

© Folha Nacional

O anúncio foi feito pelo presidente do partido, André Ventura, em conferência de imprensa, na sede nacional do CHEGA, em Lisboa, insistindo na necessidade de haver substituições na liderança da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), nomeadamente do seu presidente, José Duarte da Costa.

“O sistema de proteção civil em Portugal voltou a falhar. Parece evidente que este sistema de proteção civil, no seu modelo de organização, na sua conexão com os diversos corpos de bombeiros, no seu modelo de implementação do território, no seu modelo de organização dos meios de ajuda e combate, falhou com grande significado e com grande impacto”, criticou o líder do CHEGA.

O pedido foi apresentado hoje, esclareceu Ventura, e o objetivo do partido é que este debate ocorra com a maior brevidade possível.

O Governo pode apresentar a debate qualquer membro do executivo, mas André Ventura explicou que o CHEGA pretende que seja a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, a prestar esclarecimentos aos deputados e que já encetou contactos com o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, para garantir a presença da responsável pela Proteção Civil.

André Ventura quer que esta seja um debate “sobre tudo o que correu mal em relação aos incêndios”, sobre o que pode ser feito para “prevenir para que não voltem a acontecer”, afirmando que voltaram a registar-se falhas que já tinham sido alvo de “promessas políticas de que não voltariam a ocorrer”.

“O parlamento deve, por isso, exigir estas responsabilidades ao Governo em matéria da reorganização destes serviços. Mas também na própria redefinição do modelo de proteção civil e no debate sobre o que podemos mudar e o que temos de fazer já, para garantir que ou ainda este ano ou no próximo não temos um novo drama de incêndios”, defendeu.

O presidente do CHEGA disse ainda que pretende apurar “se houve ou não falhas mais graves” do que as apontadas e perceber a veracidade sobre os relatos de autarcas do país sobre a alegada indisponibilidade da ministra para ser contactada durante os incêndios – que já foi negada pela própria governante.

Últimas de Política Nacional

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, aceitou o pedido de demissão apresentado hoje pelo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra D'Almeida.
O Presidente da República anunciou hoje a dissolução da Assembleia Legislativa Regional da Madeira, decisão que obteve parecer favorável de Conselho de Estado, e marcou eleições regionais antecipadas para 23 de março.
O parlamento aprovou hoje a reposição de 302 freguesias por desagregação de uniões de freguesias criadas pela reforma administrativa de 2013.
O Conselho de Estado, órgão político de consulta do Presidente da República, reúne-se hoje para se pronunciar sobre a eventual dissolução da Assembleia Legislativa da Madeira, na sequência da aprovação de uma moção de censura ao Governo Regional.
O primeiro contrato por ajuste direto é do tempo do Governo de António Costa e pagou à Motorola 6,8 milhões de euros por vários equipamentos, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Um bombeiro de primeira dos voluntários de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja, foi agredido à paulada por indivíduos de etnia cigana. De acordo com o Correio da Manhã (CM), o caso aconteceu por volta das 16 horas de segunda-feira, quando este bombeiro, de 34 anos, “abastecia o camião cisterna de água para levar para a localidade de Odivelas – operação que esta corporação faz todas as semanas.”
Passadas menos de 24 horas da manifestação da esquerda e da extrema-esquerda em defesa dos imigrantes em Portugal, e da vigília do CHEGA pelas nossas forças de segurança, as ruas do coração de Lisboa voltaram a ser palco de uma nova rixa entre cidadãos indostânicos.
Em causa está um plano orçado em 3,3 milhões para criar um festival e um "laboratório" de ópera entre Badajoz e Elvas, no âmbito do Operegrina, com 49 iniciativas a realizar na raia e cujo valor total ascendia a seis milhões.
O parlamento português debate hoje em sessão plenária o plano nacional de aplicação do Pacto Europeu de Migrações e Asilo, cuja primeira versão já foi entregue em Bruxelas.
Um texto de substituição à proposta de reversão de freguesias agregadas pela “Lei Relvas” deu hoje entrada no parlamento, prevendo a separação de 135 freguesias para repor a situação administrativa que 303 destas autarquias tinham em 2013.