Petição na AR pede correção das ultrapassagens de mais de 50 mil professores

Professores vão entregar hoje uma petição no parlamento com mais de dez mil assinaturas pedindo a correção da situação de milhares de docentes que foram ultrapassados na carreira por colegas com menos tempo de serviço.

© LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

“Desde 2018, cerca de 50.000 professores não foram devidamente reposicionados, resultando na colocação de docentes com o mesmo tempo de serviço em escalões distintos, devido exclusivamente a normativos legais”, lê-se na petição que será entregue hoje na Assembleia da República.

“Petição pela Equidade no Reposicionamento Docente e Correção de Ultrapassagens” é o título do abaixo-assinado que foi subscrito por mais de dez mil pessoas e que representa a situação de cerca de 56 mil docentes, contou o professor José Silva.

Este docente é um dos representantes do grupo que lançou a petição para exigir o reposicionamento na carreira docente e a correção das ultrapassagens, “profundamente injustas, decorrentes das sucessivas reestruturações da carreira desde 2007”, uma situação que foi agravada com a aplicação de uma portaria publicada no ano seguinte.

“Esta disparidade tem perdurado ao longo dos anos, gerando desigualdades e desvalorização do trabalho docente”, acrescentam os docentes, que entendem que se deve aproveitar as negociações para um novo Estatuto da Carreira Docente, que começam na próxima semana, para corrigir este problema.

Os autores da petição já tinham sido recebidos no início de setembro no Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), tendo em seguida escrito uma carta aberta ao ministro Fernando Alexandre, em que voltaram a expor a situação.

Já no final de setembro, foram recebidos no parlamento pelo deputado Pedro Alves, responsável pela Comissão para a Educação e Ciência na Assembleia da República Ciência.

Os professores lembram a Constituição, que define que “para trabalho igual salário igual”, e recordam que a “falta de equidade existente na carreira” também chegou a Bruxelas, onde um grupo de docentes esteve reunido no passado ano letivo com eurodeputados.

A correção do problema também tem mobilizado vários sindicatos que avançaram com ações em tribunal.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA, André Ventura, já havia afirmado por diversas vezes que pretendia reduzir o número de deputados com assento na Assembleia da República e, durante a campanha para as eleições regionais da Madeira, que decorrerão no próximo domingo, expressou também a sua intenção de reduzir o número de deputados nos parlamentos regionais.
O Presidente do CHEGA e candidato a primeiro-ministro deixa claro que o seu objetivo é “formar um governo de direita em Portugal e acabar com os vícios do socialismo no nosso país”.
André Ventura considera “uma vergonha” que partidos se unam para evitar que o relatório final do inquérito ao caso das gémeas atribua responsabilidades a Marcelo Rebelo de Sousa e a Lacerda Sales.
As candidaturas às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio podem ser apresentadas até 07 de abril, e o voto antecipado em mobilidade decorre no dia 11 de maio, segundo o calendário hoje divulgado pela CNE.
O cabeça de lista do CHEGA às eleições do próximo domingo na Madeira, Miguel Castro, reafirmou hoje que o PSD terá de afastar Miguel Albuquerque, atual chefe do executivo, se precisar do apoio do partido para formar governo.
O Presidente da República promulgou hoje o diploma que estabelece o regime de mobilidade de docentes por motivo de doença, substituindo as regras aprovadas pelo anterior executivo e muito contestadas pelos professores.
Faltam poucos dias para as eleições regionais da Madeira, marcadas para 23 de março, e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já recebeu 39 queixas sobre a campanha.
A Iniciativa Liberal (IL) e o seu líder, Rui Rocha, têm-se posicionado como defensores do respeito e da liberdade de expressão, no entanto, o partido tem estado frequentemente envolvido em polémicas relacionadas com insultos.
O líder do CHEGA anunciou hoje que vai enviar à Procuradoria-Geral da República (PGR) as conclusões da relatora, do seu partido, que foram rejeitadas na íntegra pela comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras.
PS e PSD uniram-se na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso das gémeas luso-brasileiras para evitar que o relatório final atribuísse responsabilidades ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao ex-secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.