Itália adverte para a instabilidade mundial na abertura da cimeira da Defesa do G7

O ministro da Defesa italiano afirmou hoje, na cimeira da Defesa do G7, em Nápoles, que as expectativas para o futuro “não são positivas”, devido à instabilidade agravada pela guerra na Ucrânia e o conflito no Médio Oriente.

© LUSA/CIRO FUSCO

“As agressões brutais da Rússia na Ucrânia e a situação muito crítica no Médio Oriente, combinadas com a profunda instabilidade na África subsariana e as crescentes tensões no Indo-Pacífico, expõem um quadro de segurança complicado e perspetivas para o futuro que não são positivas”, afirmou Guido Crosetto, no discurso de abertura da reunião dos ministros da Defesa do G7.

O ministro italiano, que detém a presidência rotativa do G7, advertiu que “parece que estes conflitos estão geograficamente distantes”, mas têm “dinâmicas profundas e interligadas” com o grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo, que inclui os Estados Unidos, a Alemanha, o Canadá, a França, a Itália, o Japão e o Reino Unido.

No seu discurso, Crosetto apelou também ao direito internacional como quadro de defesa da ordem mundial face aos países que “procuram desrespeitar a democracia para atingir os seus próprios objetivos, incluindo através do uso deliberado da força militar”.

A cimeira da Defesa do G7, que se realiza hoje, irá debater a guerra no Médio Oriente e propor uma coordenação política comum e linhas de ação comuns face a conflitos e zonas de instabilidade global.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, também participam na cimeira.

Está convocada para hoje, antes da cimeira, uma manifestação contra a guerra em Gaza e em defesa do povo palestiniano.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro da Hungria, o nacionalista Viktor Orbán, afirmou hoje que a Direita europeia sofre o ataque dos "burocratas" de Bruxelas e que, apesar disso, os "patriotas" cooperam para vencer em todo o continente europeu.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, deverá pedir hoje, em Londres, um aumento de 400% na capacidade de defesa aérea e antimíssil da Aliança, especialmente para combater a Rússia.
O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, agradeceu ao presidente norte-americano e ao seu Governo o veto único a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.
O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, anunciou esta terça-feira a queda de todo o Governo, após a demissão dos cinco ministros ligados ao partido PVV, de Geert Wilders.
O líder do partido PVV dos Países Baixos, Geert Wilders, retirou hoje o partido da coligação governamental, devido a um desacordo sobre a imigração, abrindo caminho para eleições antecipadas.