Segundo a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap, as equipas de emergências conseguiram resgatar dois sobreviventes, um tripulante e um passageiro, do avião que tinha 181 pessoas a bordo.
O número oficial de mortos é de 120, enquanto os bombeiros continuam a trabalhar na zona e a verificar o estado das vítimas, embora já tenham notado que a maioria estaria “presumivelmente morta” e que o número oficial deverá aumentar drasticamente nas próximas horas.
O anterior balanço provisório daquele que é já um dos piores desastres aéreos na história da Coreia do Sul apontava para pelo menos 85 mortos.
O avião ficou “quase completamente destruído” e os passageiros e tripulantes tiveram “poucas hipóteses de sobreviver”, disseram os bombeiros.
“Os passageiros foram ejetados do avião quando este colidiu com uma barreira, deixando-os com poucas hipóteses de sobrevivência”, disse um bombeiro local, durante uma reunião com familiares das vítimas.
“O avião está quase totalmente destruído e a identificação dos falecidos está a ser difícil”, acrescentou.
O avião, com 175 passageiros e seis membros da tripulação a bordo, despenhou-se por volta das 09:07 (00:07 em Lisboa) ao aterrar no aeroporto da cidade de Muan, no sul da Coreia do Sul, a cerca de 290 quilómetros da capital, Seul.
De acordo com a polícia e bombeiros, o avião, um Boeing 737-8AS vindo da capital da Tailândia, Banguecoque, colidiu com uma vedação de betão e incendiou-se.
As autoridades aeroportuárias disseram que o avião estava a tentar uma aterragem forçada, após uma primeira tentativa ter falhado, devido a uma avaria do trem de aterragem.
No entanto, o avião não terá conseguido reduzir a velocidade até chegar ao fim da pista, o que provocou a colisão com a vedação e o incêndio.
O chefe do corpo de bombeiros de Muan, Lee Jeong-hyun, disse que a queda se deveu provavelmente a uma colisão com um pássaro, combinada com condições meteorológicas adversas.
O presidente em exercício do país, Choi Sang-mok, ordenou que fossem feitos todos os esforços possíveis nas operações de resgate após o acidente.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia confirmou em comunicado a presença de dois cidadãos no avião e disse que o país está em contacto com Seul.
Nikorndej Balankura instou os familiares destes dois cidadãos a telefonar para a embaixada tailandesa em Seul para receber mais informações.
A última vez que a Coreia do Sul sofreu um desastre aéreo de grande escala foi em 1997, quando um avião da companhia aérea sul-coreana Korean Airline se despenhou no território norte-americano de Guam, matando as 228 pessoas a bordo.