Irão inicia manobras para reforçar defesa aérea da sua central nuclear

O Irão iniciou hoje manobras militares destinadas a reforçar a defesa aérea da central nuclear de Natanz, perante a possibilidade de um ataque às suas instalações, depois de os Estados Unidos terem aventado tal hipótese.

© D.R.

As manobras, designadas Eqtedar 1403 (Poderio 1403), estão a ser realizadas conjuntamente pelo Exército e a Guarda Revolucionária iranianos no perímetro da defesa aérea da central nuclear de Natanz, no centro do país, informou a agência noticiosa IRNA.

“Nesta fase das manobras, as unidades de defesa aérea estão a levar a cabo uma defesa abrangente do complexo nuclear contra um grande número de ameaças aéreas em condições difíceis de guerra eletrónica”, indicou o general de brigada Qader Rahimzade, comandante da Base de Defesa Aérea Khatam Al-Anbia do Exército.

No primeiro dia dos exercícios militares, que se prolongarão até meados de março, foram apresentados os novos sistemas de defesa aérea de produção nacional.

O complexo nuclear de Natanz, que conta com uma instalação subterrânea de enriquecimento de urânio, está protegido por um escudo de betão e por sofisticados sistemas de defesa aérea, segundo as autoridades iranianas.

Estas manobras militares iniciam-se dias depois de o portal da Internet norte-americano Axios ter noticiado que o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, apresentou ao Presidente cessante, Joe Biden, opções para um possível ataque às instalações nucleares iranianas, caso o Irão se aproxime do desenvolvimento de armas nucleares antes de 20 de janeiro, data em que o chefe de Estado democrata norte-americano deixa o cargo.

Nesse dia, assumirá a Presidência dos Estados Unidos Donald Trump, que, durante o seu primeiro mandato (2017-2021) retirou o país do acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irão e as potências mundiais, reimpôs as sanções a Teerão e adotou a chamada política de “máxima pressão” sobre a República Islâmica.

Desde então, Teerão aumentou o nível de enriquecimento de urânio até 60%, estando muito próximo dos 90% necessários para a produção de armas atómicas.

Últimas do Mundo

A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.
A Tesla, de Elon Musk, anunciou hoje que assinou um contrato na China para construir a sua primeira fábrica de armazenamento em grande escala para a rede elétrica chinesa.
Um balão de ar quente tripulado incendiou-se e caiu causando a morte de oito das 21 pessoas que transportava, hoje, no estado de Santa Catarina, sul do Brasil, confirmaram as autoridades.
A administração norte-americana para a Alimentação e Medicamentos (FDA) aprovou esta quarta-feira o primeiro tratamento preventivo contra o VIH no país, revelou o fabricante do medicamento, o laboratório farmacêutico Gilead Sciences.
O Ministério Público colombiano anunciou na quinta-feira a detenção de um quarto suspeito, presumivelmente cúmplice da tentativa de assassinato de Miguel Uribe, senador e candidato conservador à presidência da Colômbia, que continua em estado crítico.
O número de mortos nos ataques lançados na terça-feira pelo exército russo contra a capital ucraniana, Kiev, subiu de 10 para 23, segundo as autoridades ucranianas.
A maioria dos trabalhadores utiliza ferramentas de inteligência artificial gratuitas, mas 43% dos portugueses admitem que raramente ou ocasionalmente verificam a exatidão dos resultados, conclui um estudo da KPMG em parceria com a Universidade de Melbourne.
A Comissão Europeia pediu hoje aos Estados-membros da União Europeia (UE) que submetam, até março de 2026, planos nacionais para eliminação gradual das importações de gás russo, visando abandonar os combustíveis fósseis da Rússia até final de 2027.