Conselho da ONU reúne-se de emergência para analisar crise na RDCongo

O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas anunciou esta terça-feira uma reunião de emergência, sexta-feira, para analisar a crise no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) e o seu impacto nos direitos humanos.

© Facebook da United Nations

As autoridades da RDCongo solicitaram esta reunião extraordinária, que é apoiada por várias dezenas de países membros do Conselho e por observadores, disse o porta-voz Pascal Sim, em Genebra.

Também hoje, cerca de 2.000 congoleses manifestaram-se em frente à delegação da União Europeia (UE) em Pretória, na África do Sul, para exigirem sanções europeias contra o Ruanda, na sequência do avanço relâmpago do Movimento 23 de Março (M23) e das tropas ruandesas no leste da RDCongo, segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP).

“A situação na RDCongo é semelhante à da Ucrânia”, disse um manifestante, Elie Kalonji Ikasereka.

“Pedimos à UE que garanta que as medidas aplicadas à Rússia sejam também aplicadas ao Ruanda e ao seu Presidente, Paul Kagame”, prosseguiu Ikasereka, um comerciante congolês que vive em Joanesburgo há 20 anos, salientando que não têm problemas com o povo ruandês, mas sim com o seu líder.

No meio da manifestação, surgiram também insultos e acusações à UE.

“A UE está a apoiar o Ruanda para pilhar os nossos minerais”, acusou Monique Mbiya Nkolombo.

“Se a UE precisa de alguma coisa da RDCongo, deve entrar pela porta da frente e deixar de comprar minerais que passaram pelo Ruanda”, reforçou.

A rede Europa-África Central (Eurac), que reúne cerca de 30 Organizações Não-Governamentais europeias especializadas na região dos Grandes Lagos também afirmou que a UE “alimentou a escalada das tensões regionais”.

Na semana passada, o grupo armado anti-governamental M23 e as tropas ruandesas tomaram Goma, uma importante cidade no leste da RDCongo.

Os combates cessaram na cidade de mais de um milhão de habitantes, mas nos últimos dias registaram-se confrontos na província vizinha de Kivu do Sul, fazendo temer um avanço até à sua capital, Bukavu.

“Não há vozes que ameacem Kagame de forma pragmática. Nós, os congoleses, estamos a sofrer”, disse o ativista congolês Chriss Zas’s, de 32 anos, durante a manifestação em Pretória.

O M23 anunciou na segunda-feira à noite que estava a declarar um cessar-fogo a partir de hoje por razões humanitárias.

Últimas do Mundo

Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).
Ministério Público holandês está a pedir penas que podem chegar aos 25 anos de prisão para um pai e dois filhos acusados de assassinarem Ryan Al Najjar, uma jovem síria de 18 anos que, segundo a acusação, foi morta por se recusar a seguir as regras tradicionais impostas pela própria família.
Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.