Donald Trump anuncia que tarifa sobre automóveis rondará os 25%

O Presidente norte-americano, Donald Trump, estimou na terça-feira que a nova taxa sobre os automóveis que tenciona impor à União Europeia a partir de 2 de abril será de cerca de 25%.

©facebook.com/DonaldTrump

“Provavelmente, vou dizê-lo a 2 de abril, mas será de cerca de 25%”, afirmou o líder republicano, que anunciou a 14 de fevereiro a sua intenção de impor estas taxas à indústria automóvel.

Trump acrescentou que, no caso dos semicondutores e dos produtos farmacêuticos, as tarifas serão de 25% ou mais “e vão aumentar muito substancialmente ao longo do ano”.

“A União Europeia tem sido muito injusta para connosco. Temos um défice de 350 mil milhões de dólares. Não aceitam os nossos automóveis, não aceitam os nossos produtos agrícolas, não aceitam quase nada, aceitam muito pouco. Vamos ter de corrigir isso e vamos fazê-lo. Não tenho dúvidas”. Não tenho dúvidas sobre isso”, afirmou em Mar-a-Lago, no âmbito de uma cerimónia de assinatura do decreto-lei e tem repetido ao longo de várias intervenções.

A sua declaração surge na véspera da reunião do Comissário Europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, em Washington, na quarta-feira, com os principais responsáveis comerciais do governo dos EUA para discutir a decisão de Trump de impor tarifas “recíprocas” sobre o imposto IVA da União Europeia e também sobre o alumínio e o aço.

O porta-voz da União Europeia, Olof Gill, afirmou que Sefcovic irá reunir-se com o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, com o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, e com o principal conselheiro económico de Trump, Kevin Hassett.

Olof Gill, que sublinhou que “o imposto sobre o valor acrescentado, IVA, não é uma tarifa”, disse que a UE está empenhada em “encontrar soluções mutuamente benéficas com os parceiros americanos”, mas também está preparada para defender os “interesses legítimos quando necessário”.

As tarifas recíprocas que Trump está a contemplar em toda a linha não serão aplicadas uniformemente. Não haverá uma taxa uniforme de 10% ou 25%, mas a administração estabelecerá taxas específicas com base nas tarifas e nas “barreiras” comerciais que cada país impõe aos EUA.

“A UE tinha um imposto de 10% sobre os automóveis e agora tem um imposto de 2,5%, que é exatamente o mesmo que nós. Por isso, já poupámos imenso. Seria ótimo se todos fizessem o mesmo. Estaríamos então a jogar em pé de igualdade. Basicamente, o que estamos a fazer com as tarifas é cobrar o mesmo que eles nos cobram. É o que se chama reciprocidade”, afirmou na terça-feira.

Últimas do Mundo

Um grupo de 37 portugueses está retido na Jordânia devido ao encerramento do espaço aéreo após o início do conflito armado entre Israel e o Irão, na sexta-feira passada, e acusa as autoridades portugueses de falta de apoio.
O Irão bombardeou esta noite com mísseis várias cidades israelitas importantes, matando, pelo menos, cinco pessoas, segundo os serviços de emergência de Israel, em resposta aos ataques israelitas que atingiram território iraniano pela quarta noite consecutiva.
Um proeminente jornalista saudita, detido em 2018 e condenado por terrorismo e traição, foi executado na Arábia Saudita, informou hoje a autoridade deste país, enquanto grupos de ativistas afirmam que as acusações contra Turki Al-Jasser foram forjadas.
O projeto que visa o reforço da defesa da União Europeia (UE) através da inovação tecnológica associada a um sistema de mísseis vai contar com inteligência artificial (IA) desenvolvida pela empresa portuguesa Critical Software, revelou fonte empresarial.
O exército de Israel confirmou hoje ter atacado instalações nucleares iranianas em Isfahan, no centro do Irão, após a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ter indicado no sábado à noite que quatro edifícios críticos sofreram danos.
O Papa Leão XIV apelou hoje à paz no Médio Oriente, na Ucrânia e noutros locais do mundo, e lembrou o recente massacre na Nigéria, onde morreram cerca de 200 pessoas, a maioria abrigada numa missão católica.
O primeiro-ministro de Israel afirmou hoje que o exército israelita vai atacar “todos os locais do regime” no Irão, acrescentando que os ataques desferiram um “golpe duro ao programa” nuclear da República Islâmica.
Os Presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, debateram hoje, numa conversa telefónica de 50 minutos, a escalada da situação no Médio Oriente e as negociações de paz na Ucrânia, indicou o Kremlin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou para um abrandamento do apoio europeu à Ucrânia face à invasão russa e manifestou receio de que o confronto entre Israel e o Irão conduza a uma nova redução da ajuda ocidental.
O exército israelita anunciou, a meio da tarde de hoje, que estava "atualmente" a atacar vários locais no Irão, depois de as forças iranianas terem disparado mísseis em resposta ao ataque israelita do dia anterior.