Ventura arrasa Montenegro: “Este Governo mais parece uma agência imobiliária”

“Em nome da democracia e do povo português, peço que deixe aqui hoje claro que é um homem sério”, apela André Ventura ao primeiro-ministro.

© Folha Nacional

André Ventura acusou, esta sexta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de fugir de dar explicações aos portugueses e ao país sobre a empresa imobiliária que fundou, a Spinumviva. O líder do CHEGA abriu o debate: “A razão que nos traz aqui hoje é uma e só uma: a incapacidade, a falta de transparência e a obstinação de um primeiro-ministro em não responder a quem tem de responder”.

Ventura sublinhou que Montenegro tem de responder ao povo português “num caso que nem sequer é de todos, mas dele próprio”.

O Governo enfrenta, esta sexta-feira, a primeira moção de censura na Assembleia da República. Esta foi apresentada pelo CHEGA após ser noticiado que poderia haver um conflito de interesses com o facto de a esposa do líder do Executivo ser sócia da Spinumviva.

No seu discurso de abertura, o Presidente do CHEGA apontou o dedo a Montenegro de “ignorar o que é evidente” e acusou o Governo de fazer “tudo de errado o que o PS já tinha feito”, nomeadamente, em vários setores. “Substituímos o cartão rosa pelo laranja, no mesmo espírito de promiscuidade que marcou a República nas últimas décadas em Portugal”, atirou.

O líder do CHEGA disse ainda que o Governo se tornou “uma agência de empregos” e que “mais parece uma agência da Remax do que uma agência que governa Portugal”.

Ventura admitiu ainda que ligou para o único número associado à agência que estará relacionada com Montenegro. “Fiz isso esta manhã. O número de telefone não é de nenhum gestor, de nenhum sócio. Não é de nenhum proprietário de outra terra qualquer. O número de telefone desta empresa, que alegadamente, foi transmitida, cedida ou vendida, é deste homem que está aqui. É o primeiro-ministro de Portugal e tem o seu contacto na empresa que diz que cedeu”, revelou.

Assim, nesta senda, André Ventura deixou o apelo: “Em nome da democracia e do povo português, peço que deixe aqui hoje claro que é um homem sério.”

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