Só existem dois géneros: Masculino e feminino.
Com esta frase simples, mas pública, assumida e peremptória, é o início do fim do dogma Woke, aparentemente sem contestação pois e como tal baseia-se num dogma que tem de ser aceite senão há rótulos de racismo, de expulsão da sociedade a criar apagando a razão, a ciência e a história ocidental. A sua simples contestação parecia impossível.
“Era preciso defender o óbvio, o patético e o verdadeiro. Os truísmos são grandes verdades, agarremo-nos a isso! O mundo real existe, as suas leis são imutáveis. As pedras são duras, a água molha, qualquer objeto, quando se deixa cair, cai em direção ao centro da Terra.”
Este prólogo axiomático, introduz-nos a um pensamento preemptivo, em que a seriedade e a ausência de questionamento de si mesmos caracterizam o pensamento WOKE.
Outro dos pilares desta teoria, leva-nos até à Teoria do Género, onde apenas existem consciências, tentando indefinir ou permitir a escolha de construção do que é o ser, pensar ou mudar a sexualidade como se de um espectro se tratasse. Qualquer pessoa é em primeiro lugar o que a sua consciência quiser ou optar, e não pela definição inicial à nascença, ficando assim condicionada ou alterada a gosto.
Contrariamente às correntes filosóficas da razão, os Wokes acreditam nas suas verdades mais profundas, porque absurdas e sem contraditório. Por isso a base do convencimento é sustentada por um caráter provocador que lhe confere no imediato um poder de sedução.
Neste aparente paradoxo real, mas de possibilidades teóricas sem limites de aceitação, implica no entanto uma abertura ao assalto da ciência científica que conhecemos hoje como prova, contra a verdade e a própria realidade.
Parece que é inacreditável, este radicalismo ser o responsável por entusiasmar e convencer professores e estudantes universitários onde germina com paradoxal intensidade, substituindo a sociedade ocidental com base na filosofia Grega e Romana, que deixam de ter cabimento ou aceitação.
Religião porque a sua doutrina, não provada, nem admitida e nem pode ser posta em causa, não assenta na razão nem num pensamento racional. Por comparação, podemos argumentar que esta fé Woke, se aceite, será inabalável.
O significado da palavra, “Woke”, antes de mais “desperto”, recuperado pelo movimento interventivo Black Lives Matter. Também ligado à noção de “iluminação” no sentido religioso dos despertares protestantes, na América.
A sua ligação aos movimentos anti racistas, como o acima referido BLM, emerge da evolução conceptual do conceito de “politicamente correto”, usado na década 1980, para descrever as correntes progressistas de controlar a linguagem evitando expressões “discriminatórias”, hoje referenciado na palavra e conceito Woke.
Em termos históricos podemos recorrer à imagem de como os “inimigos do povo” eram apagados das fotografias Soviéticas, com o objetivo de aniquilar e eliminar os adversários, sem contestação, justificação, mas aceites, sem alternativa.