CHEGA Madeira diz que Governo Regional deve resolver problemas na saúde

O cabeça-de-lista do CHEGA Madeira às eleições regionais de março de 2025 defendeu hoje que o Governo Regional (PSD) deve intervir de imediato para resolver o problema das "altas problemáticas" na saúde e implemente um projeto de transferência dos utentes para uma unidade de recurso.

© Folha Nacional

Falando numa iniciativa da campanha eleitoral em frente ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, Miguel Castro declarou que o objetivo da ação foi contactar pessoas que entram e saem da principal unidade de saúde da Madeira, no Funchal, alertando que “a saúde na região tem vindo a degradar-se”.

“E tem sido facto evidente de que existem situações que são incompreensíveis perante a sociedade e a população”, salientou o candidato, destacando o problema das dezenas de camas hospitalares que estão ocupadas por altas problemáticas, “ou seja, pessoas que clinicamente tiveram alta, que já estão aptas a sair do hospital, mas que não saem porque não têm para onde ir”.

Segundo o líder do CHEGA Madeira “esta é uma circunstância em que o Governo [Regional] tem de intervir imediatamente, esteja, ou não esteja, em gestão”.

Caso acontecesse “uma catástrofe na região, nomeadamente um grande acidente de autocarro, um acidente de avião em que tivéssemos de internar as pessoas imediatamente no hospital, não [o] vamos poder fazer, porque temos pessoas cinicamente aptas a sair do hospital e continuam cá dentro”, disse.

Face a este problema, o candidato apelou “ao Governo Regional e à Secretaria da Inclusão Social que implemente no imediato um projeto que transfira estas pessoas para uma unidade, nem que seja uma unidade de recurso”.

O responsável sugeriu a utilização de um quartel (antigo GAG-2) “para que essas pessoas tenham algum acompanhamento” e exigiu também que sejam feitos “trabalhos exaustivos junto das famílias, para saber porque não regressam aos seus lares”.

“O que temos efetivamente de fazer é desocupar as camas hospitalares. Não nos esqueçamos que podemos perder muitas vidas tendo em conta o problema que se passa no hospital”, reforçou.

Questionado sobre a moção de confiança ao Governo da República, Miguel Castro considerou que “as forças políticas não têm confiança no Governo liderado por Luis Montenegro e Luís Montenegro, ao apresentar uma moção de confiança a outras forças políticas, está efetivamente ele a provocar umas eleições no país”.

Para o líder regional do CHEGA insular, “políticos como Luis Montenegro ou Miguel Albuquerque [presidente do Governo madeirense] estão efetivamente agarrados aos cargos e acham que são mais importantes”, acrescentando que “os políticos passam e as pessoas é que ficam”.

Ainda mencionou que as declarações de Luís Montenegro segundo as quais, mesmo se fosse arguido, ia a votos, opinando ser “mais uma falácia, mais uma desfaçatez na política em que as pessoas olham para os outros de uma forma e quando olham para si é diferente”.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem em 23 de março, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, CHEGA, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo CHEGA – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o CHEGA três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente.

Últimas de Política Nacional

Apesar do sucessivo boicote dos partidos do Sistema, André Ventura quer alterar o Código Penal, permitindo que crimes como a corrupção, o homicídio e a violação possam ser criminalmente perseguidos a qualquer momento.
O Estado está a virar as costas aos seus próprios cidadãos, deixando os portugueses em segundo plano enquanto promove uma política de privilégios para quem pouco ou nada contribuiu.
A proposta de lei do Governo para baixar as taxas de IRS em 2025 foi aprovada hoje na especialidade com os votos a favor do PSD, CDS-PP, CHEGA e IL.
O CHEGA vai pedir a realização de um debate de urgência na sexta-feira sobre a privatização parcial da TAP para que o Governo explique ao parlamento os contornos do negócio, anunciou hoje o presidente do partido.
PSD, CHEGA, IL e CDS-PP defenderam hoje o agravamento das penas da ocupação ilegal de habitações, enquanto os partidos da esquerda consideraram que se trata apenas de perceções e acusaram a direita de populismo.
A necessidade de uma comissão de inquérito ao INEM uniu hoje vários partidos no parlamento, com a bancada do PSD a considerar a sua criação precipitada, mas a não se opor à proposta apresentada pela Iniciativa Liberal.
A ministra da Justiça reconheceu hoje ter existido uma fragilidade na fuga de dois reclusos no Estabelecimento Prisional de Alcoentre, onde estavam 17 guardas para cerca de 460 detidos, considerando ter-se tratado de uma “mera coincidência”.
Mais de 300 inspetores da Polícia Judiciária saíram esta terça-feira para a rua, numa operação de grande envergadura que visou esquemas de corrupção na aquisição de material informático com recurso a dinheiros públicos. O Banco de Portugal foi uma das entidades alvo de buscas num total de 103 locais espalhados por todo o país.
A Comissão Parlamentar das Infraestruturas, Mobilidade e Habitação aprovou esta semana o requerimento do Grupo Parlamentar do CHEGA para a audição da Secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, e da Comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal (CUTS), na sequência do agravamento da situação da Transtejo na ligação fluvial Seixal–Cais do Sodré.
O partido CHEGA defende que as crianças cujos pais trabalham devem ter prioridade na inscrição nas creches do programa ‘Creche Feliz’. Para André Ventura, líder da oposição, esta medida é essencial para proteger as famílias trabalhadoras que, muitas vezes, se sentem prejudicadas no acesso a vagas.