Autoridades ucranianas acusam Rússia de crime de guerra ao atacar hospital em Kharkiv

As autoridades militares ucranianas acusaram hoje a Rússia de cometer um novo crime de guerra ao atacar um hospital durante o seu último ataque aéreo à Ucrânia, nomeadamente em Kharkiv, que provocou dois mortos e 30 feridos.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

De acordo com um comunicado divulgado hoje pela Força Aérea ucraniana, a Rússia lançou na noite de sábado um míssil balístico e 111 ‘drones’ de vários tipos contra a Ucrânia, dos quais as forças de defesa ucranianas conseguiram abater 65, num ataque que fez dois mortos e 30 feridos só na cidade de Kharkiv.

“As regiões de Kharkiv, Sumy, Odessa e Donetsk foram afetadas pelo ataque russo”, acrescentou a Força Aérea ucraniana.

Em Kharkiv, os mortos são um homem de 67 anos e uma mulher de 70 anos. Entre os feridos está uma jovem de 15 anos que está em estado grave no hospital.

Numa declaração a condenar os ataques, o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia declarou que “o bombardeamento deliberado e direcionado contra um centro hospitalar ucraniano (na região de Kharkiv) pelos militares russos junta-se à longa lista de crimes vis e cínicos cometidos pelos russos desde o início da invasão não provocada da Ucrânia”.

“Os crimes de guerra não têm prescrição. As provas relevantes serão transferidas para órgãos internacionais de justiça criminal”, referiu o comunicado.

A Rússia não comentou o ataque à Ucrânia e no seu mais recente relatório, Moscovo apenas anunciou hoje a destruição de seis ‘drones’ ucranianos nas regiões de Belgorod, Bryansk e Saratov.

“Estes ataques maciços de ‘drones’ tornaram-se uma realidade quase diária. Além disso, as ameaças de mísseis, incluindo mísseis balísticos, persistem”, disse o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na rede social X.

“A Rússia está a atacar as posições de todos aqueles que querem acabar com esta guerra. É impossível ignorar centenas de ‘drones Shahed’ todas as noites. Esperamos uma resposta. Estamos a trabalhar para isso”, acrescentou.

Na passada sexta-feira, o Presidente ucraniano afirmou que não considera negociações presenciais para colocar fim à guerra com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, uma vez que é difícil obter respostas.

“É como jogar pingue-pongue”, afirmou Zelensky.

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