“O número de ataques aéreos está a aumentar”, escreveu o líder ucraniano nas suas redes sociais, após mais uma noite de ataques, que causaram pelo menos um morto e três feridos em Kiev, a capital; um morto na região de Kherson, no Sul do país; e dois feridos na região nordeste de Kharkiv.
“É assim que a Rússia revela as suas verdadeiras intenções: continuar a semear o terror enquanto o mundo lhe permitir”, acrescentou, contabilizando que, na semana passada, as forças de Moscovo lançaram “mais de 1.460 bombar aéreas guiadas, cerca de 670 drones de ataque e mais de 30 mísseis”.
Segundo constataram jornalistas da agência francesa AFP no local, ouviram-se explosões durante a noite em Kiev e uma coluna de fumo negro pairava sobre a capital esta manhã.
Os ataques causaram incêndios em edifícios não residenciais, danificando um centro de negócios, uma fábrica de móveis e armazéns.
“Uma pessoa foi morta e três ficaram feridas, duas das quais firam hospitalizadas”, referiu o chefe da administração militar de Kiev, Tymur Tkachenko, nas redes sociais.
“A pressão sobre a Rússia é ainda insuficiente e os ataques diários russos sobre a Ucrânia provam-no”, frisou Zelensky, que tem pedido mais sanções económicas contra Moscovo.
A Rússia lançou esta madrugada um “ataque maciço” contra a Ucrânia, “utilizando mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones”, declarou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.
Segundo a força aérea ucraniana, foram lançados 23 mísseis de cruzeiro e balísticos e 109 drones, que causaram danos em seis regiões do país.
A vaga de ataques russos acontece um dia depois de Kyiv ter negado que tenha atacado 14 instalações energéticas em solo russo.
Na sexta-feira, um ataque russo fez 18 mortos, entre os quais nove crianças, perto de um parque infantil em Kryvyi Rig, cidade natal de Zelensky, na região Centro do país.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, em setembro, anexou as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, apesar de não as controlar totalmente.
A Federação Russa já tinha anexado a península da Crimeia em 2014.
A Ucrânia e a comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões.