DA TRAIÇÃO À DIREITA À RUÍNA DE PORTUGAL

O Partido Social Democrata (PSD) tem uma longa história de traição à direita e de rendição ao sistema que destrói Portugal. Se no passado a instabilidade política dos anos 70 e 80 podia ser atribuída à inexperiência democrática, hoje não há desculpa. O PSD já viveu esse caos antes. Já experimentou a divisão da direita, a moderação artificial ao centro e a coligação desastrosa com o Partido Socialista (PS). No entanto, Luís Montenegro insiste em cometer os mesmos erros que fragilizaram Portugal há quatro décadas.

Nos primeiros anos da democracia, a direita portuguesa lutava para se organizar após a queda do Estado Novo. O PSD, em vez de unir esse campo político, preferiu afastar-se dos setores conservadores e liberais, tentando vender-se como um partido “moderado” para agradar ao regime nascente. O resultado? Instabilidade, governos de curta duração, entreguismo ao PS e um país mergulhado no caos económico. Só com Cavaco Silva, em 1985, o PSD percebeu que precisava de uma linha clara de força, mas mesmo assim nunca corrigiu a sua vocação para a traição.

Hoje, Luís Montenegro revive esse mesmo erro histórico. Tem diante de si um eleitorado que rejeita o socialismo, que exige uma mudança real, que quer um governo de direita forte. Mas, em vez de consolidar essa força, prefere fingir-se de moderado, alienando os partidos que estão à sua direita e tentando vender uma suposta “responsabilidade institucional”. Esse teatro de moderação apenas perpétua a podridão do sistema político português. A cada recusa de Montenegro em dialogar com a direita real, dá mais um passo para entregar Portugal ao PS ou à instabilidade.

A diferença entre 1985 e 2024 é que Cavaco Silva ainda tinha a frescura da democracia. O eleitorado acreditava que era possível reconstruir Portugal, que a democracia podia ser um projeto de esperança. Hoje, Montenegro tem o oposto: a podridão de um regime falhado, onde os partidos do sistema (PS e PSD) se revezam no poder enquanto o país definha. A democracia deixou de ser um sonho para se tornar um pesadelo de corrupção, compadrio e servidão a Bruxelas.

O PSD sabe perfeitamente que as suas apostas ao centro e a sua recusa em unir a direita já destruíram o país antes. Mesmo assim, Montenegro escolhe repetir o erro. Ao invés de assumir uma posição firme contra o socialismo, prefere falar em “pontes institucionais” e “diálogo democrático”. Mas diálogo com quem? Com um PS que há décadas arruína a economia, destrói a soberania nacional e alimenta um Estado obeso e ineficiente? Com um sistema que trata os portugueses como meros servos de um projeto europeu falido?

A traição do PSD não é um erro inocente, é uma escolha consciente. É a escolha de um partido que prefere a aprovação das elites de Lisboa e Bruxelas em vez de ouvir o povo. Um partido que teme ser chamado de “radical” mais do que teme ver Portugal afundado na decadência socialista. Um partido que, se não mudar radicalmente, será apenas uma muleta do PS e um instrumento para perpetuar a destruição nacional.

Portugal precisa de uma direita sem medo. Uma direita que não peça desculpa por existir. Uma direita que entenda que, sem força, sem convicção e sem rutura com este sistema podre, não há salvação para o país. O PSD, tal como está hoje, não é essa direita. É apenas mais uma peça de um jogo viciado onde os portugueses estão sempre condenados a perder.

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