Mau tempo causou prejuízos de 5,6 milhões na agricultura em Lisboa e Vale do Tejo

Os estragos do mau tempo de há um mês provocaram prejuízos de 5,6 milhões de euros na agricultura em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), segundo o levantamento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

©️ Folha Nacional

O vice-presidente da CCDRLVT para as áreas da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, José Bernardo Nunes, disse hoje à agência Lusa que foram recebidas 216 participações de prejuízos na plataforma ‘online’ aberta até dia 14.

Do total das participações, 143 são referentes a estragos em investimentos, como infraestruturas, equipamentos ou em culturas sem seguro de colheita, com um prejuízo total de 5,6 ME.

“O maior peso das participações é nos micro túneis de produção de morango e nas estufas de produtos hortícolas da região Oeste, mas há também algumas no Ribatejo”, adiantou.

Estes prejuízos podem vir a ser elegíveis para os apoios à reposição do potencial produtivo anunciados pelo Ministério da Agricultura.

Para ser elegível, recordou, o prejuízo em cada exploração tem de ser superior a 30%.

Oitenta e oito participações não têm enquadramento nos apoios anunciados, ora por não atingirem os 30% ou por serem relativos a perdas ou quebras na produção de culturas anuais, que deveriam ter seguros de colheita.

“Estamos a falar de culturas de batata, cenoura, couves, cebola, amêndoa e arroz, floresta e prados afetados”, detalhou.

Houve ainda 12 participações excluídas por falta de dados.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, anunciou apoios quer para a reposição da capacidade produtiva, quer para o rendimento às explorações agrícolas com prejuízos superiores a 30% devido ao mau tempo de 20 de março.

Vão ser apoiados a 100% os agricultores que tiverem prejuízos até 5 mil euros, a 85% entre os 5 mil euros e os 50 mil euros e em 50% aqueles cujos prejuízos se situarem entre os 50 mil euros e os 400 mil euros.

O apoio ao rendimento é de 42 mil euros por beneficiário.

A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.

Últimas de Economia

O número de trabalhadores da administração pública subiu 1,3% até 31 de março, em termos homólogos, para 758.889 postos de trabalho, um novo máximo da série estatística iniciada em 2011, segundo dados hoje divulgados pela DGAEP.
A empresa chinesa TikTok disse hoje “discordar de algumas das interpretações da Comissão Europeia”, após ter sido acusada de violar a Lei dos Serviços Digitais da União Europeia referente à transparência na publicidade, garantindo “empenho em cumprir obrigações”.
Os novos créditos ao consumo somaram 777,065 milhões de euros em março, uma subida de 12,9% em termos homólogos e de 5,4% face a fevereiro deste ano, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) fechou o ano de 2024 com um resultado líquido positivo de 84 mil euros, depois de prejuízos de 13 mil euros em 2023, apesar dos rendimentos terem descido 0,5%.
Quase 60% dos desempregados no quarto trimestre de 2024 continuava sem emprego no primeiro trimestre deste ano, tendo 24,2% encontrado trabalho, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os proprietários de imóveis que recebam uma nota de liquidação de IMI com a indicação de que a data limite de pagamento é o final de maio, podem desconsiderar esta informação e efetuar o pagamento até 30 de junho.
A taxa de inflação homóloga foi de 2,1% em abril, mais 0,2 pontos percentuais do que em março, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O preço do ouro, depois da queda de segunda-feira, em que chegou a baixar o nível dos 3.200 dólares, voltou na sessão de hoje a registar uma subida de mais de 1% para os 3.261 dólares.
A bolsa de Lisboa encerrou hoje em alta, com o índice PSI a ganhar 1,76% para 7.110,83 pontos, destacando-se a EDP Renováveis, que cresceu mais de 5%.
Os trabalhadores do construtor automóvel norte-americano Ford na Alemanha vão fazer greve na quarta-feira em protesto contra a redução de 2.900 postos de trabalho planeada pela administração da empresa.