Publicações de Ventura sobre apagão tiveram mais de 940 mil visualizações

André Ventura foi dos primeiros políticos a comentar nas redes sociais o "apagão" elétrico de 28 de abril e as suas publicações atingiram mais de 940 mil visualizações.

© D.R.

Esta contagem foi realizada entre os dias 28 de abril e 04 de maio e consta num relatório realizado pelo Medialab do ISCTE para Comissão Nacional de Eleições (CNE), que dá conta do CHEGA como o partido com maior alcance nas redes sociais.

“As publicações, entre 28 de abril e 04 de maio, que obtiveram mais alcance com referência ao apagão pertencem a André Ventura, a primeira com mais de 371 mil visualizações […] e as restantes duas com 354 e 219 mil visualizações, respetivamente”, lê-se no documento.

No total, três publicações da conta de Ventura no Instagram, Facebook e TikTok somaram 943.709 visualizações, segundo o relatório do MediaLab, que recorreu às ferramentas Meta Content Library e SentiOne.

Nestas publicações, o presidente do CHEGA critica o facto de terem sido cobradas multas e portagens, sendo este um “exemplo de um aproveitamento do tema” para a campanha eleitoral apontado pelo Medialab.

De acordo com o relatório, no Facebook os candidatos referiram-se diretamente ao tema 21 vezes e os partidos abordaram a questão por 28 vezes.

O Facebook e o X foram as redes mais usadas (16 e 17 publicações, respetivamente), mas o Instagram foi aquela que proporcionou mais visibilidade.

Para o estudo foram consideradas todas as publicações nas redes sociais dos candidatos ou dos partidos que usaram a expressão “apagão” durante a semana de 28 de abril a 04 de maio.

Os primeiros políticos a comentar nas redes sociais o “apagão” foram André Ventura e Sousa Real, no Facebook, entre as 12:57 e as 13:58, e depois a conta do Bloco de Esquerda, no Instagram.

A publicação de Inês Sousa Real, no Facebook, teve 3.600 visualizações e a do Bloco, no Instagram, teve 60.300.

O relatório do MediaLab/CNE “Desinformação sobre o apagão nas redes sociais e impacto na campanha” analisa o período entre 28 de abril e 04 de maio e foi elaborado pelos investigadores Gustavo Cardoso, José Moreno, Inês Narciso e Paulo Couraceiro.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o MediaLab, do ISCTE, em parceria com a agência Lusa, estão a monitorizar as redes sociais para identificar e medir o impacto da desinformação na campanha das legislativas de maio, prolongando-se até 24 de maio.

O Medialab produz semanalmente relatórios sobre o fenómeno da desinformação.

Em 28 de abril, um corte no abastecimento elétrico a partir de Espanha provocou um “apagão” de cerca de 10 horas em Portugal.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA foi recebido em Braga com um novo protesto de elementos da comunidade cigana, cerca de 20 pessoas que cuspiram e acusaram André Ventura e os elementos do partido de serem "fascistas e racistas".
O presidente do CHEGA fez hoje um apelo direto ao voto e pediu aos eleitores que não fiquem em casa no dia 18 de maio, afirmando que o partido tem “uma oportunidade histórica” de vencer as eleições legislativas.
Um grupo de pessoas de etnia cigana acusou hoje o líder do CHEGA de ser racista, com André Ventura a responder que "têm de trabalhar" e "cumprir regras".
André Ventura foi dos primeiros políticos a comentar nas redes sociais o "apagão" elétrico de 28 de abril e as suas publicações atingiram mais de 940 mil visualizações.
Investigadores do MediaLab do ISCTE consideram que a “ausência de comunicação institucional eficaz” por parte do Governo contribuiu para a especulação e para a difusão de desinformação relativamente às causas do apagão.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Governo deveria ter começado a negociar mais cedo com os sindicatos que representam os trabalhadores do setor ferroviário, podendo evitar a greve.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, lamentou hoje o ataque contra um agente da PSP num centro de apoio da AIMA, em Lisboa, que classificou como "violento e cobarde", e pediu "respeito pela autoridade".
O líder do CHEGA voltou hoje a defender a descida do IRC, imposto que quer com uma taxa de 15% até ao final da legislatura, e acusou o Governo de não dar confiança à economia.
André Ventura afirmou, esta segunda-feira, que “é tempo de deixar de ter políticos a priorizar imigrantes”, em detrimento dos jovens, no acesso à habitação.
O líder do CHEGA desvalorizou hoje a entrada na campanha dos antigos governantes e líderes do PSD Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho, considerando que representam o passado e que "Portugal precisa de futuro".