Ventura faz apelo ao voto e fala em “oportunidade histórica”

O presidente do CHEGA fez hoje um apelo direto ao voto e pediu aos eleitores que não fiquem em casa no dia 18 de maio, afirmando que o partido tem “uma oportunidade histórica” de vencer as eleições legislativas.

© Folha Nacional

“Temos uma oportunidade histórica à nossa sempre. Se falharmos ou se ganharmos, não vai depender de mais ninguém senão de nós próprios. O que eu vos quero pedir, o que eu vos quero exortar é: acreditem, não desistam, vão votar e levem todos a votar. Nós vamos vencer no dia 18 de maio”, afirmou André Ventura.

O líder do CHEGA discursava em Aveiro, no primeiro jantar-comício desde o arranque da campanha oficial para as legislativas, no domingo.

“Não deixem ninguém votar por vocês. Nem se deixem ficar em casa a achar ou que está ganho ou que está perdido. Até nos podem dar 60%, nós temos que ir votar no dia 18 e vocês não podem deixar ninguém em casa”, apelou.

“O país já está farto de promessas. Eu acho graça ao slogan do primeiro-ministro, ‘deixem o Luís trabalhar’, acho graça porque ele teve um ano para trabalhar e não fez quase nada. O António Costa teve oito anos para trabalhar e não fez quase nada, o José Sócrates teve seis anos e não fez quase nada, e por aí adiante, podíamos prosseguir”, criticou.

E antecipou que em quatro anos transformará Portugal, para se tornar “um país para todos e um país com futuro”.

No seu discurso de 20 minutos, perante uma sala com cerca de 300 pessoas, o líder do CHEGA destacou que o partido quer aumentar as pensões para que nenhum reformado receba um valor abaixo do salário mínimo nacional.

No distrito por onde concorre Luís Montenegro, Ventura afirmou também que “é bom que o primeiro-ministro ande pelo país para ver que não é só o CHEGA que diz isto, é o país real que no meio das bandeiras da AD diz que tem pensões miseráveis”.

O presidente do CHEGA abanou também a bandeira da luta contra a corrupção e voltou a prometer que no primeiro dia da nova legislatura o partido vai “apresentar o maior pacote anticorrupção da história de Portugal” que passará por “acabar com uma série de recursos inúteis” e confiscar bens sem esperar pela condenação.

E acusou PS e PSD de terem transformado o país “num ninho de corrupção, de conluio e de compadrios”.

“Dos níveis mais baixos das estruturas autárquicas até aos lugares mais altos do Estado, PS e PSD deixaram que o Estado se invadisse e se envenenasse de corrupção”, acrescentou.

O presidente do CHEGA e cabeça de lista por Lisboa referiu também o protesto de cidadãos de etnia cigana durante a arruada do partido ao final da manhã, que o acusaram de ser racista e de alimentar ódio contra esta comunidade.

Ventura considerou que um “candidato a primeiro-ministro” tem de “ser humanista e ter a certeza que quando governar terá de ser no país em que está, e saber que há pessoas de todas as etnias, nacionalidades”, mas também “tem de dizer, olhos nos olhos, que em Portugal, sejam ciganos ou não ciganos, todos terão de cumprir a lei e o sentimento de que alguns podem estar acima da lei vai acabar”.

E deixou um aviso: “Escusam de andar atrás de nós pelo país a chamar nomes ou a atacar-nos, porque quem me conhecer sabe que quando sou atacado é quando fico ainda com mais força para fazer a mudança que é preciso fazer neste país”.

Pedro Frazão, vice-presidente do partido, é o cabeça de lista do CHEGA pelo círculo eleitoral de Aveiro, por onde concorrem também o primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro (pela AD – Coligação PSD/CDS), e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Nas últimas eleições legislativas, o CHEGA conseguiu eleger três deputados por Aveiro.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu hoje que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça "por razões técnicas diversas".
Com uma carreira dedicada à medicina e ao Serviço Nacional de Saúde, o Prof. Horácio Costa traz agora a sua experiência para a política. Médico desde 1978, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, fundador do único serviço europeu com três acreditações EBOPRAS e professor catedrático, Costa assume o papel de ministro-sombra da Saúde pelo CHEGA com a mesma dedicação que sempre marcou a sua carreira. Nesta entrevista ao Folha Nacional, o Prof. Horácio Costa fala sobre os principais desafios do SNS, a falta de profissionais de saúde, a reorganização das urgências e a valorização dos trabalhadores.
A conferência de líderes marcou hoje para 19 de dezembro as eleições dos cinco membros do Conselho de Estado, três juízes do Tribunal Constitucional e do Provedor de Justiça, sendo as candidaturas apresentadas até 12 de dezembro.
O grupo parlamentar do CHEGA/Açores enviou hoje um requerimento à Assembleia Legislativa Regional a pedir esclarecimentos ao Governo dos Açores na sequência da anunciada saída da Ryanair da região.
A Comissão de Assuntos Constitucionais chumbou a iniciativa do CHEGA para impedir financiamento público a mesquitas, classificando-a de inconstitucional. Ventura reagiu e avisa que Portugal “está a fechar os olhos ao radicalismo islâmico até ser tarde demais”.
O ex-presidente da Câmara de Vila Real Rui Santos está acusado pelo Ministério Público (MP) de prevaricação, num processo que envolve mais cinco arguidos e outros crimes como participação económica em negócio e falsas declarações.
André Ventura disparou contra PS e Governo, acusando-os de manter um Orçamento “incompetente” que continua a “sacar impostos” aos portugueses. O líder do CHEGA promete acabar com portagens, subir pensões e travar financiamentos que considera “absurdos”.
O Parlamento começa esta quinta-feira a debater e votar o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) na especialidade, numa maratona que se prolonga por cinco dias e culmina com a votação final global a 27 de novembro.