Bruxelas quer fixar e atrair tecnológicas em fase inicial para UE face aos EUA e China

A Comissão Europeia lançou hoje uma estratégia para fixar e atrair empresas em fase de arranque (‘start-up’) e expansão (‘scale-up’), visando tornar a União Europeia num centro global de inovação e tecnologia face aos Estados Unidos e China.

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Numa informação hoje divulgada à imprensa em Bruxelas, o executivo comunitário dá conta da nova estratégia “Escolhe a Europa para começar e crescer”, explicando que o objetivo é tornar a União Europeia (UE) num “local de excelência para criar e expandir empresas tecnológicas globais”.

“As ‘start-up’ e as ‘scale-up’ são essenciais para o futuro da Europa, impulsionando a inovação e o crescimento sustentável, criando empregos de qualidade, atraindo investimento e reduzindo dependências estratégicas. No entanto, apesar de bases sólidas, muitas ainda enfrentam dificuldades em transformar ideias em produtos no mercado ou em crescer à escala dentro da UE”, admite a instituição.

É esse cenário que Bruxelas quer alterar, respondendo às “principais necessidades” relatadas por estas empresas, de forma a “apoiá-las ao longo de todo o ciclo de vida — desde a criação, passando pela fase de crescimento, até à maturidade e sucesso no território da UE”.

A estratégia assenta sobre cinco eixos prioritários, incluindo a criação de um ambiente regulamentar favorável, o acesso a financiamento, o apoio à entrada no mercado, a atração de talento e o acesso a infraestruturas.

Entre as medidas previstas está a criação de um regime para simplificar a legislação em matéria de insolvência, fiscalidade e trabalho, bem como a implementação de uma carteira digital empresarial europeia.

Ao nível do financiamento, o executivo comunitário propõe o reforço do Conselho Europeu de Inovação, o lançamento de um fundo europeu para empresas tecnológicas e a criação de um pacto voluntário para atrair investimento institucional.

No domínio do talento, será lançada uma iniciativa para facilitar a mobilidade de trabalhadores altamente qualificados e criar regimes fiscais mais atrativos para opções de ações em ‘startups’.

Está ainda prevista a criação de um programa que ligará universidades e centros de investigação ao tecido empresarial, promovendo a transferência de conhecimento e a comercialização de propriedade intelectual.

O anúncio surge depois de, no início de maio, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter lançado uma estratégia para a UE atrair investigadores estrangeiros, alocando 500 milhões de euros até 2027 com vista a chegar futuramente a um investimento de 3% do produto Interno Bruto (PIB) neste setor.

Antes, no início do ano, a Comissão Europeia propôs uma “Bússola para competitividade”, estratégia que vai guiar este mandato e que visa a simplificação administrativa, a eliminação de barreiras de acesso ao mercado e maior financiamento para a UE ‘ganhar’ aos Estados Unidos e China.

Estima-se que a UE tenha de investir 800 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 4% do PIB, para colmatar falhas no investimento e atrasos em termos industriais, tecnológicos e de defesa em relação a Washington e Pequim.

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