Administração da ULS Tâmega e Sousa sem vogal há quatro meses

A administração da Unidade Local de Saúde Tâmega e Sousa (ULSTS) permanece, há quatro meses, sem um dos vogais, o habitualmente indicado pelos municípios, situação que motivou críticas do PS/Porto e a tutela justifica por ter estado "em gestão".

© D.R

Em causa está a recondução ou não de Hugo Sousa Lopes, deputado municipal pelo PS no concelho de Paços de Ferreira, que fazia parte do anterior Conselho de Administração (CA), mas que não acompanhou, em fevereiro, a nova administração, liderada por José Luís Gaspar (PSD/CDS-PP), ex-presidente da Câmara de Amarante.

Os municípios abrangidos pela ULSTS indicaram o nome de Hugo Sousa Lopes a 10 de março ao Ministério da Saúde, tendo o gabinete de Ana Paula Martins remetido a decisão para a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

Em comunicado, a Federação Distrital do Partido Socialista do Porto manifestou “profunda preocupação” com esta situação, recordando que Hugo Sousa Lopes já integrava o anterior CA, tendo sido, diz, “inexplicavelmente demitido após apenas um ano de funções”.

À Lusa, o presidente o PS/Porto, Nuno Araújo, reiterou que “o adiamento da decisão é inexplicável”, entendendo-o como “uma rejeição”.

“A rejeição de um nome indicado pelos autarcas é preocupante”, disse.

Contactada a DE-SNS, esta justificou que as nomeações ficaram suspensas quando o Governo de Luís Montenegro entrou em gestão.

“Importa ainda destacar que desde março, quando o anterior Governo entrou em gestão, não foi concretizada qualquer nomeação de vogais propostos pelos Municípios para os CA das ULS, situação que se verifica não apenas na ULS do Tâmega e Sousa, mas também noutras sete Unidades Locais de Saúde, em que os Municípios já efetuaram uma proposta de vogal, mas ainda foi concretizada a nomeação”, lê-se na resposta enviada à Lusa, justificação que para o PS/Porto revela “critérios duplos”.

“Nada no seu percurso [de Hugo Sousa Lopes] impede a renovação do seu mandato. A única diferença, agora, parece ser o facto de o nomeado ser também deputado municipal eleito pelo PS. Rejeitar a sua nomeação, enquanto noutras regiões do país nomeações idênticas foram feitas mesmo durante o período de Governo de gestão, revela critérios duplos e, possivelmente, motivações partidárias”, escreve o PS/Porto.

Os socialistas apelam ao Presidente da República para que “defenda o poder local e intervenha com urgência”.

“É imperativo que o Governo respeite os direitos das autarquias e dê imediato seguimento à nomeação do representante proposto. A saúde das populações do Tâmega e Sousa está a ser gerida por um CA que delibera sem a presença de um vogal legalmente previsto. Esta situação compromete a legalidade das decisões e subverte o espírito da lei que visa a cooperação entre Estado e Municípios”, consideram os socialistas.

O CA da ULSTS tem atualmente seis elementos, quando no total deveria ter sete. Falta o terceiro vogal executivo.

A agência Lusa contactou a administração desta ULS que não quis comentar.

Com o Hospital Padre Américo, e o Hospital de São Gonçalo (Amarante), bem como os centros de saúde, a ULSTS serve uma população de cerca de meio milhão de pessoas, de 12 Municípios.

Últimas do País

A Câmara Municipal do Seixal, no distrito de Setúbal, inspecionou todos os imóveis referenciados como sendo alegadas "bases missionárias" desenvolvidas no concelho por responsáveis de uma igreja evangélica, anunciou hoje a autarquia.
Quarenta e nove pessoas morreram afogadas em Portugal continental até ao final de maio, o terceiro valor mais alto desde 2017, segundo dados do relatório do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS).
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo participou hoje, em Lisboa, numa cerimónia do 10 de Junho de homenagem aos ex-combatentes, na qual ouviu gritos de traição e insultos devido à presença do imã de Lisboa.
A administração da Unidade Local de Saúde Tâmega e Sousa (ULSTS) permanece, há quatro meses, sem um dos vogais, o habitualmente indicado pelos municípios, situação que motivou críticas do PS/Porto e a tutela justifica por ter estado "em gestão".
O principal arguido suspeito de criar um plano para tráfico de droga dentro da prisão de Coimbra confirmou hoje os factos presentes na acusação, mas recusou que a sua mulher, que também é arguida, estivesse envolvida no esquema.
Os profissionais do Serviço Nacional de Saúde reportaram 2.581 episódios de violência em 2024, mais 9% do que no ano anterior, que causaram 1.185 dias de ausência ao trabalho, revelam hoje dados da Direção Executiva do SNS
Mais de 160 mil estudantes do ensino secundário estão inscritos para realizar exames, segundo dados hoje divulgados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação.
Entidades públicas ligadas à formação de nadadores-salvadores na região Centro querem cursos realizados mais cedo e alterações à lei, que tardam em efetivar-se, para fazer com que a atividade seja mais atrativa para os jovens.
A fuga de amoníaco ocorrida hoje na Empresa de Cervejas da Madeira, em Câmara de Lobos, obrigou à retirada de 150 pessoas, entre operários e residentes em casas nas imediações, disse o comandante dos bombeiros da localidade.
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) anunciou esta semana a apresentação de uma queixa-crime contra o ativista Mamadou Ba, acusando-o de difamação e calúnia com publicidade. Em causa está uma publicação feita por Ba nas redes sociais, na qual levanta suspeitas graves sobre a conduta dos guardas prisionais relativamente à morte de um recluso negro na prisão do Linhó, em Cascais.