Dívida das famílias, empresas e Estado cresce para 829.500 milhões de euros em abril

No final de abril, o endividamento do setor privado representava cerca de 459.800 milhões de euros, enquanto perto de 369.600 milhões de euros diziam respeito ao setor público.

© D.R

O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou em abril cerca de 4.400 milhões de euros, para 829.500 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o Banco de Portugal (BdP).
No final de abril, o endividamento do setor privado — que inclui empresas e particulares — representava cerca de 459.800 milhões de euros, enquanto perto de 369.600 milhões de euros diziam respeito ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

No quarto mês do ano, o endividamento do setor privado manteve-se praticamente inalterado, fruto de uma redução de cerca de 900 milhões de euros no endividamento das empresas privadas e de um aumento equivalente nos particulares.
Para a redução do endividamento das empresas privadas contribuiu a diminuição do endividamento face ao resto do mundo, que caiu cerca de mil milhões de euros. Já pelo lado dos particulares, à semelhança dos meses anteriores, o aumento do endividamento foi principalmente motivado pelo crédito à habitação.

No setor público, o aumento de 4.400 milhões de euros ocorreu sobretudo junto do exterior (2.200 milhões de euros), devido à aquisição de títulos de dívida pública por não residentes e pelas administrações públicas (cerca de 1.700 milhões de euros).
As administrações públicas e as empresas públicas também aumentaram o seu endividamento junto dos particulares, na ordem dos 400 milhões de euros, “sobretudo por via da subscrição de certificados de aforro”, e junto das empresas não financeiras (100 milhões de euros).

No mês em análise, o endividamento das empresas privadas registou uma taxa de variação anual (TVA) — que exclui o impacto de variações que não tenham sido motivadas por transações propriamente ditas — de 0,8%, relativamente ao mesmo mês de 2024, abrandando face aos 1,3% de março.
Já entre os particulares, a TVA subiu para 5,4%, também acima do registado em fevereiro (5,1%), com o BdP a assinalar que “apresenta uma tendência de crescimento desde dezembro de 2023”.

Últimas de Economia

O valor médio para arrendar um quarto em Lisboa ou no Porto ultrapassa metade do salário mínimo nacional. Perante a escalada dos preços e orçamentos familiares cada vez mais apertados, multiplicam-se as soluções alternativas de pousadas a conventos, para quem procura um teto a preços mais acessíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que Portugal deve optar por reduzir as isenções fiscais e melhorar a eficiência da despesa pública para manter o equilíbrio orçamental em 2026, devido ao impacto das descidas do IRS e IRC.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai pedir um reforço em 250 milhões de euros da garantia pública a que pode aceder para crédito à habitação para jovens, disse hoje o presidente executivo em conferência de imprensa.
O índice de preços dos óleos vegetais da FAO foi o único a registar um aumento em outubro, contrariando a tendência de descida generalizada nos mercados internacionais de bens alimentares. O indicador subiu 0,9% face a setembro, atingindo o nível mais elevado desde julho de 2022, segundo o relatório mensal divulgado pela organização.
Apesar de o número total de empresas criadas em Portugal até setembro ter aumentado 3,7% face ao mesmo período de 2024, mais 1.636 novas constituições, atingindo o valor mais elevado dos últimos 20 anos, os dados do Barómetro da Informa D&B revelam sinais de desaceleração em vários setores e regiões do país.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,8% em setembro, face ao mesmo mês de 2024, com a mão-de-obra a subir 8,8% e os materiais 1,4%, segundo dados do INE hoje divulgados.
A ministra do Trabalho afirmou hoje, no parlamento, que as pensões mais baixas deverão ter um aumento de 2,79% em 2026 e que a atribuição de um suplemento extraordinário dependerá da folga orçamental.
A EDP prevê investir cerca de 2,5 mil milhões de euros em Portugal no período 2026-2028, dos quais 1.700 milhões em redes de eletricidade, anunciou hoje o presidente executivo do grupo, Miguel Stilwell d’Andrade.
O Banco da Inglaterra decidiu hoje manter as taxas diretoras em 4%, o nível mais baixo em mais de dois anos, ao avaliar que as pressões inflacionistas persistem na economia britânica.
A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) alertou hoje que a perceção de risco da República francesa pode vir a contagiar uma economia como a portuguesa, pelo que não se deve estar "relaxado" face à situação orçamental.