Escândalo no Banco de Portugal: PJ faz buscas pela segunda vez em três meses

Mais de 300 inspetores da Polícia Judiciária saíram esta terça-feira para a rua, numa operação de grande envergadura que visou esquemas de corrupção na aquisição de material informático com recurso a dinheiros públicos. O Banco de Portugal foi uma das entidades alvo de buscas num total de 103 locais espalhados por todo o país.

©Facebook PJ

Esta é a segunda vez, num intervalo de apenas três meses, que o Banco de Portugal é alvo de buscas por suspeitas semelhantes. Em abril, as buscas da Operação Pactum levaram à constituição de 43 arguidos – 12 pessoas coletivas e 31 singulares. Entre os arguidos estavam funcionários do departamento de informática do Banco de Portugal.

A PJ e o Ministério Público voltam assim, esta semana, a apertar o cerco à corrupção no seio de instituições públicas e empresas. No centro do esquema está a empresa DecUnify, que terá montado uma teia de cumplicidades com outras entidades para simular concorrência nos procedimentos de contratação pública. As investigações apontam para um modelo repetido: apresentar três orçamentos aparentemente independentes, todos controlados, de forma a garantir a adjudicação à empresa previamente escolhida.

Entre os contratos sob suspeita estão aquisições de hardware e software, incluindo soluções de cibersegurança, algumas das quais financiadas por fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Só no Banco de Portugal, foram identificadas compras à DecUnify no valor de 1,7 milhões de euros desde 2021. Um dos suspeitos é funcionário do departamento de informática da instituição, o mesmo onde o diretor foi constituído arguido em abril passado, na Operação Pactum, Carlos Moura. O Observador avançou, na altura, que os investigadores centraram as suas suspeitas nas “ligações antigas” de Carlos Moura, ex-quadro da Portugal Telecom, “aos seus antigos colegas da PT que transitaram para a Meo”.

Últimas de Política Nacional

O antigo primeiro-ministro José Sócrates chegou a ter, em 2014, três empréstimos em simultâneo na Caixa Geral de Depósitos (CGD) para cobrir despesas que admitiu que eram "absolutamente exageradas", testemunhou hoje a sua gestora de conta à data.
O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, criticou as posições de Gouveia e Melo sobre imigração, considerando que alguém que quer ser o próximo Presidente da República não pode equiparar um imigrante a um português.
O líder do CHEGA afirmou hoje que Gouveia e Melo protagoniza cada vez mais as causas do PS, sobretudo por ter Mário Soares como modelo presidencial, e apostou que o ex-primeiro-ministro António Costa vai votar no almirante.
O CHEGA obteve em Lisboa 26.755 votos, mais três do que a CDU, confirmando a distribuição de mandatos de dois vereados para o CHEGA e um para a coligação, segundo a assembleia de apuramento geral.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a Europa e o mundo "orientam-se para a direita" e defendeu que os partidos da sua família política são os "baluartes da defesa da liberdade".
O projeto de lei do CHEGA que pretende proibir a ocultação do rosto em espaços públicos foi aprovado hoje no Parlamento.
O deputado Rui Cristina foi eleito, no último domingo, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira pelo CHEGA. A sua eleição marca uma mudança importante na política local que era dominada, há décadas, por outras forças políticas. Rui Cristina renunciará ao mandato de deputado e tomará posse como presidente da câmara nas próximas semanas, assumindo o compromisso de uma gestão próxima da população, com foco na segurança, no turismo e na valorização da identidade local.
André Ventura assume candidatura presidencial como missão e critica imigração descontrolada e sobrecarga no SNS, defendendo que só o CHEGA pode "pôr ordem no país".
Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as responsabilidades políticas e de gestão do INEM decidiram hoje ouvir dois familiares das vítimas mortais associadas a atrasos no atendimento durante a greve do ano passado.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Presidente da República quer atrasar a entrada em vigor da Lei de Estrangeiros por não concordar com as alterações a esta legislação.